Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fiocruz, vence Prêmio Jabuti na categoria Ciência

No Informe Ensp

Pneumologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Margareth Pretti Dalcolmo venceu o Prêmio Jabuti na categoria  Ciências com o livro Um tempo para não esquecer: a visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, publicado pela editora Bazar do Tempo. “Recebo o Prêmio Jabuti especialmente sensibilizada pelo reconhecimento de uma trajetória literária de par com a científica, que traduz minhas reflexões sobre o tempo que vivemos e do qual esperamos sair com ciência e generosidade”, afirmou Dalcolmo.

A obra premiada reúne os artigos escritos semanalmente para o jornal O Globo. Os textos “constituem uma espécie de diário que documenta no calor e estupor dos acontecimentos a visão da ciência em sua essencial missão humanista”, de acordo com a sinopse da editora.

Eleita em agosto deste ano para a cadeira 12 da Academia Brasileira de Medicina, Dalcolmo ficou popularmente conhecida por suas centenas de intervenções nas emissoras de TV e rádio e nos jornais nos últimos anos, período em que esclareceu dúvidas e informou sobre a pandemia de Covid-19 de maneira clara e objetiva. Dona de uma sólida carreira acadêmica, ela é hoje uma referência nacional na medicina e na ciência.

Doutora em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dalcolmo é pesquisadora sênior da Ensp/Fiocruz, com atuação no Centro de Referência Professor Hélio Fraga. Atualmente, é presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (período de 2022 a 2024). A pneumologista é membro das sociedades brasileiras de Pneumologia e Tisiologia e de Infectologia, da Rede TB de Pesquisa em Tuberculose e do Steering Committee do Grupo Resist TB da Boston Medical School. Ela integra o Grupo de Peritos para aprovação de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde (OMS) – Expert Group for Essential Medicines List -, reconduzida em mandato até 2026, e faz parte do Regional Advisory Committee do Banco Mundial para projetos de saúde na África Subsaariana em tuberculose e doenças respiratórias ocupacionais. Tem mais de 100 artigos científicos publicados no Brasil e no exterior.

Autora de texto adicional no livro premiado, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, elogiou a obra no dia do lançamento: “Com sua defesa clara e eloquente do recurso às melhores evidências científicas para a definição de políticas públicas capazes de fazer o país superar a grave crise sanitária, social e humanitária causada pela pandemia, a autora nos convida a trilhar caminhos de renovação de um projeto generoso para o futuro da saúde e da sociedade”.

Margareth Dalcolmo é também a investigadora principal dos ensaios clínicos  SimplicTB da Global Alliance for Tb Research; do Brace Trial para vacina BCG para prevenção da Covid-19; do estudo fase 3 para uso do Molnupiravir para Covid-19; e do estudo de fase 3 para o Favipiravir para Covid-19. Docente da pós-graduação da PUC-RJ, Dalcolmo é membro e ex-coordenadora da Câmara Técnica de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).

O Prêmio Jabuti se soma a vários outros já recebidos pela pesquisadora, tais como o de Mulher do Ano da revista Ela do jornal O Globo; o Personalidade do Ano da Arquidiocese do Rio de Janeiro; o Prêmio Doutora Nise da Silveira da Prefeitura do Rio de Janeiro; o 20 Mulheres de Sucesso da revista Forbes; e o Personalidade do Ano de O Globo.

 

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