Em webinar, Joenia Wapichana ressalta compromisso do Governo Federal em combater o garimpo ilegal em terras indígenas

Funai

A futura presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, participou nesta terça-feira (31) de um evento virtual sobre medidas voltadas à Amazônia. O webinar para jornalistas discutiu, entre outros temas, a demarcação de terras indígenas, ações de socorro aos indígenas Yanomami e políticas de combate ao desmatamento. Em sua fala, Joenia ressaltou que o país vive uma nova fase, na qual o combate ao garimpo ilegal terá prioridade.

“A crise humanitária que o mundo está vendo ocorrer em Roraima é consequência do garimpo ilegal. Isso não é surpresa. Inúmeras denúncias de violações de direitos foram feitas nos últimos anos, tendo a situação se agravado no Governo Bolsonaro. Agora vivemos uma nova era. Nosso país está sendo reconstruído. O combate ao garimpo ilegal em terras indígenas é uma prioridade do Governo Lula”, pontuou.

Conforme Joenia, o Governo Federal tem dado respostas imediatas à crise no território Yanomami, com medidas focadas no reforço das ações de saúde, promoção da segurança alimentar e combate a ilícitos. Na segunda-feira (30), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um decreto que amplia as possibilidades de socorro aos Yanomami e a retirada dos garimpeiros da área. O texto prevê, por exemplo, o controle do espaço aéreo sobre o território indígena, permitindo que a segurança nacional possa identificar e rastrear a circulação de aeronaves civis. Além disso, a Força Nacional de Segurança poderá atuar na proteção das equipes de saúde e assistência no território.

Durante o evento virtual, a futura presidente da Funai também frisou a importância da demarcação para a preservação ambiental. Segundo ela, as terras indígenas são estratégicas para barrar o avanço da crise climática. É preciso avançar, porém, na fiscalização das áreas, contendo a escalada de atividades ilegais e a violação de direitos dos indígenas. “Por protegerem a floresta, muitos indígenas têm sido assassinados, o que precisa ser combatido”, alertou.

O webinar examinou o que o governo e as empresas têm feito para proteger a Amazônia, seus povos tradicionais e biodiversidade, além de discutir dados de novas pesquisas conduzidas pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O evento foi promovido pela organização ambiental global Mighty Earth e a plataforma de jornalismo baseada na Amazônia SUMAÚMA, com moderação do jornalista Jon Watts, editor de Ambiente Global do jornal britânico The Guardian, autor e cofundador da SUMAÚMA.

Foto: Divulgação

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