Funai: Nota de esclarecimento sobre informações inverídicas acerca da atuação do servidor Bruno Pereira

Funai

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) esclarece que, como amplamente noticiado, o indigenista Bruno Pereira foi exonerado da função de coordenador-geral de Índios Isolados e Recente Contato da Fundação, em 2019, após conduzir uma operação de fiscalização contra o garimpo no Vale do Javari. Quando de seu assassinato, Bruno era servidor licenciado da Funai. A fundação repudia qualquer tentativa leviana de manchar a memória de Bruno Pereira.

Bruno era um servidor dedicado, de seriedade e compromisso amplamente reconhecidos, que sofreu perseguição dentro do órgão que o deveria proteger e foi exonerado de sua função de confiança por incomodar criminosos, ou seja, por cumprir o seu dever como funcionário do Estado. Lamentavelmente, o servidor pagou com a vida pelo comprometimento inabalável que tinha com os povos indígenas.

Além disso, a Funai tem documentadas notificações da ação ilegal dos acusados da morte de Bruno, Dom Phillips e pessoas ligadas a eles na Terra Indígena Vale do Javari, bem como ameaças aos servidores públicos e lideranças indígenas que atuam na região.

A Funai esclarece ainda que existem registros de violências e mortes contra os Korubo derivadas da ocupação do território por não indígenas nas décadas de 1970 e 1980. Os massacres contra os korubo foram perpretados por pescadores e madeireiros ilegais. Em função deste histórico de violência é que foi constituída a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, unidade da Funai responsável pela proteção territorial dos povos indígenas e promoção de direitos dos povos de recente contato.

Imagem: O indigenista Bruno Pereira em missão realizada pela Funai — Foto: Divulgação Funai

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