‘Os últimos anos de Alagoas, não só de Maceió, são de terror’, diz Movimento pela Soberania Popular na Mineração

Movimento acompanha de perto situação de famílias atingidas pelos estragos causados pela mineradora Braskem

Felipe Mendes, do Rio de Janeiro (RJ), no GGN

Terror. É esse o sentimento em Maceió e em outros municípios alagoanos nos últimos cinco anos, desde que foram localizadas as primeiras rachaduras em imóveis causadas pelo afundamento do solo devido à exploração do sal-gema, mineral retirado do solo da capital do estado pela Braskem. O caso voltou às manchetes nos últimos dias, depois que a prefeitura de Maceió decretou estado de emergência em virtude do risco de colapso da mina.

O Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) tem acompanhado o desenrolar da tragédia, ao lado das famílias atingidas pelo crime. A cada ano, aumenta o número de bairros e famílias diretamente impactadas – cerca de 60 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Muitas, sem ter pra onde ir.

Em conversa com o Brasil de Fato, a pesquisadora e mestranda em direitos humanos Rikartiany Cardoso, integrante do movimento e moradora de Maceió, disse que a realidade local é de “crimes, no plural” e violações, que atingem não só a população, mas também o ecossistema, o mar e as lagoas da região.

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