Fiocruz e FCT lançam Biblioteca de Tecnologias Sociais da Bocaina

Por Vinicius Carvalho, OTSS/Fiocruz

Já está no ar a Biblioteca de Tecnologias Sociais da Bocaina. Financiada com recursos do Edital Terra 2030, promovido pela Fiocruz em articulação com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Biblioteca reúne 40 Tecnologias Sociais desenvolvidas e/ou reaplicadas pela Fiocruz e pelo Fórum de Comunidades Tradicionais (FCT) junto a comunidades indígenas, caiçaras e quilombolas localizadas no litoral sul do Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo.

A iniciativa reúne produtos, processos e metodologias construídas a partir do diálogo entre saber científico e tradicional para a promoção de Territórios Sustentáveis e Saudáveis no contexto de povos e comunidades tradicionais. Além de disponibilizar este conhecimento, a biblioteca também busca fortalecer a relação das comunidades tradicionais com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030. Por isso, cada tecnologia social traz também a indicação do(s) ODS que ela ajuda a promover.

“Para o Fórum de Comunidades Tradicionais, é muito valioso ter registrado esse conhecimento, principalmente porque ele se baseia nas bandeiras de luta do nosso movimento social, que reúne caiçaras, indígenas e quilombolas para atuarem juntos na defesa de seus direitos e territórios. É importante que seja algo que faça sentido para a gente, para as comunidades tradicionais, e é o caso desta biblioteca”, afirma o coordenador geral do OTSS e integrante do Colegiado de Coordenação do FCT, Vagner do Nascimento.

Estas tecnologias abrangem diversas áreas, como Governança Viva, Agroecologia, Saneamento Ecológico, Turismo de Base Comunitária, Turismo de Base Comunitária, Educação Diferenciada e Justiça Socioambiental. Cada tecnologia é apresentada de forma detalhada, com informações sobre seu desenvolvimento, aplicação e resultados alcançados, facilitando a reaplicação em outros contextos.

“A Biblioteca é um instrumento central para pensar o processo de desenvolvimento e integração local e das comunidades tradicionais e, do ponto de vista da Agenda 2030, atender ao objetivo central que é a localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nós estamos extremamente satisfeitos em integrar mais esta cooperação sabendo que ele gerará, sem dúvida, a replicabilidade desse processo em outros territórios e em outras dimensões”, completa o ex-presidente da Fiocruz e coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha.

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