Operação ao redor da Terra Indígena Munduruku fecha cerco contra garimpo ilegal na região

Funai

A preservação da Amazônia e a proteção de terras indígenas têm dado fluxo a uma série de operações federais na região. Especificamente no estado do Pará, foram realizadas duas operações na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós que desarticularam em apenas dez dias uma forte infraestrutura criminosa montada pelo garimpo ilegal. A APA faz divisa com a Terra Indígena Munduruku, onde está em curso uma mega-operação federal de desintrusão.

Batizadas como Operações Guardião e Escudo, as ações são executadas pelo  Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e completam dez dias, nesta terça-feira (26). O trabalho já apresenta um extrato volumoso de balanço. Entre inutilizações e destruições estão: 44 barcos, 12 máquinas pesadas (PCs), 7 dragas escariantes, 29 motores estacionários, 8 geradores, 2 tratores, 9 motocicletas, 4.300 litros de combustíveis diversos, 209,1 gramas de mercúrio, além de munições e motosserras. A contabilidade dessa desarticulação aponta prejuízo de R$6,39 milhões às atividades ilegais. O ICMBio aplicou ainda R$ 20,27 milhões em multas.

Objetivos e Estratégias

• Proteger o Meio Ambiente: Remover invasores de Unidades de Conservação e evitar o retorno do desmatamento ilegal.
• Aplicar a Lei: Destruir estruturas ilegais e aplicar embargos e multas aos infratores.
• Conscientizar: Reforçar o diálogo com comunidades locais, explicando os danos provocados pelas práticas ilícitas.

Operação de Desintrusão na Terra Indígena Munduruku

Ainda no contexto do combate ao garimpo ilegal, o Governo Federal iniciou, em 9 de novembro, a operação de desintrusão na Terra Indígena Munduruku, localizada nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, no Pará. A ação visa remover invasores que realizam extração ilegal de ouro e garantir que o território permaneça exclusivamente com os povos indígenas locais.

A operação mobiliza mais de 20 órgãos governamentais, além do ICMBio, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Exército Brasileiro, a Polícia Federal, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Casa Civil, entre outros, em uma atuação conjunta de fiscalização e proteção ambiental.

A desintrusão na Terra Indígena Munduruku, juntamente com as Operações Guardião e Escudo, reforça o compromisso do governo com a proteção das riquezas naturais do Brasil. Com ações contínuas e coordenadas, espera-se não só suprimir as atividades ilegais, mas também conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação ambiental.

Os resultados das operações destacam a prioridade do combate ao desmatamento e à exploração predatória da Amazônia. A luta pela preservação do meio ambiente segue como um esforço coletivo e contínuo.

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