MPF instaura inquérito civil para apurar rompimento de barragem de garimpo ilegal em Porto Grande (AP)

Órgãos competentes têm prazo de 48 horas para informar providências tomadas

Ministério Público Federal no Amapá

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, nesta quarta-feira (12), um inquérito civil para investigar o rompimento de uma barragem de garimpo ilegal no município de Porto Grande (AP). O acidente, noticiado por veículos de imprensa, ocorreu no dia 11 de fevereiro, provocando liberação de rejeitos de minério no Rio Cupixi, e pode impactar os Rios Araguari e Amapari, ocasionando grave dano ambiental, como a contaminação da água e a morte de peixes e mamíferos.

Como medida emergencial, o MPF expediu ofícios à prefeitura de Porto Grande, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), à Defesa Civil estadual, ao Corpo de Bombeiros, à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, bem como à Agência Nacional de Mineração (ANM) e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). O pedido é para que os órgãos informem, em até 48 horas, as providências tomadas para conter o avanço da lama.

O MPF também emitiu ofício à Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amapá requerendo que seja aberto um inquérito policial, que deve ser concluído em no máximo 90 dias. O inquérito deve apurar a ocorrência de possíveis crimes ambientais como: causar poluição danosa à saúde humana ou nociva a animais e à flora; extrair recursos minerais sem autorização; transportar, armazenar ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente; e construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos ou obras potencialmente poluidores, sem licença dos órgãos ambientais competentes.

“O mais importante é atuar para que os órgãos competentes contenham imediatamente os impactos negativos do evento tanto para a população quanto para o meio ambiente, assim como identificar e responsabilizar os donos das barragens e outras pessoas porventura envolvidas”, afirmou o procurador da República Milton Tiago Araújo, que está à frente das investigações.

Arte: Secom/PGR

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