Criminosos recrutavam ourives para vender minério extraído nos garimpos ilegais e tinham ajuda de policiais estaduais para transportar o ouro em embarcações, caminhões e aeronaves
A Polícia Federal deflagrou mais uma operação – chamada “Ourives” – contra o garimpo ilegal na Amazônia na 4ª feira (19/3). A PF investiga a ação de um grupo formado por milicianos responsável por comercializar ouro extraído ilegalmente em garimpos clandestinos na região. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Manaus, mas a relação de bens apreendidos não foi divulgada, de acordo com o g1.
A investigação revelou que a organização criminosa cooptava ourives para manipular e revender o ouro extraído ilegalmente em Boa Vista, capital de Roraima, e nas cidades amazonenses de Humaitá, Japurá e São Gabriel da Cachoeira, relata o Metrópoles. O transporte do metal até Manaus era realizado por embarcações, caminhões e aeronaves com apoio de agentes da segurança pública estadual, que garantiam o fluxo da carga ilícita.
Os agentes de segurança também forneciam o ouro ilegal e coordenavam sua distribuição com intermediários, incluindo ourives e empresários. A PF identificou uma estrutura bem definida dentro da organização criminosa, com divisão de tarefas e uso de empresas de fachada para movimentar o dinheiro e disfarçar as transações ilegais.
Os participantes do esquema criminoso poderão ser responsabilizados pelos crimes de usurpação de bens da União, peculato, formação de milícias, organização criminosa, entre outros delitos relacionados. A soma das penas previstas para os crimes investigados pode chegar a 33 anos de reclusão.
CNN, Radar Amazônico, Band, Revista Cenarium, Amazonas Atual e 18horas também repercutiram a nova operação da PF contra o garimpo ilegal na Amazônia.
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PF e Exército combatem garimpo ilegal na TI Sararé – Foto: Polícia Federal