Na ONU News
Nomeada pelo secretário-geral António Guterres para integrar o Grupo Consultivo da Juventude sobre Mudança Climática, Txai Suruí é fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia e coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé.
“Eu sou uma mulher indígena, que vem da Amazônia, do estado de Rondônia. Hoje vivo aqui em São Paulo, na Terra Indígena Jaraguá, na Mata Atlântica. São dois contextos de terras indígenas diferentes, de biomas diferentes, mas onde a nossa luta também muitas vezes se entrelaça,” Txai Suruí, jovem líder indígena brasileir.
Em entrevista à ONU News, Txai enfatiza que “não tem como proteger a floresta sem proteger seus defensores”. Para ela, participar do Grupo Consultivo da ONU é uma oportunidade de dar visibilidade global às juventudes que estão na linha de frente do enfrentamento da crise climática.
Ela afirmou que a COP30 precisa valorizar o conhecimento ancestral dos povos indígenas para que a humanidade alcance harmonia com a natureza:
“Somos os que melhor trabalhamos o uso da terra. A Amazônia mesmo é um exemplo disso. É a maior floresta, com maior biodiversidade do mundo. E hoje, inclusive usando a própria ciência, a gente pode comprovar que esse é um grande jardim dos povos indígenas. Uma floresta que não só a gente depende e vive nela, mas que a gente também há muito tempo fortalece ela e plantou essa imensa floresta também”.
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Imagem: Txai Surui. Divulgação
