CDHM pede informações sobre mais dois casos de violência ligados à eleição presidencial

Por Pedro Calvi, CDHM

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), Luiz Couto (PT/PB), pediu, nesta sexta-feira (26/10), informações aos secretários de Segurança Pública do Ceará e de Sergipe, informações sobre dois crimes que estariam inseridos no contexto dos atos de violência das eleições presidenciais.

Um dos pedidos é para o secretário André Santos Costa, do Ceará. O presidente da CDHM solicita informações sobre as investigações e providências tomadas no caso do estupro de uma estudante, nos arredores da Universidade de Fortaleza (Unifor), nessa quinta-feira (25).

“Há suspeita que o crime tenha ocorrido por motivação política, de acordo com as informações veiculadas pela imprensa. Consideramos que esse  crime é mais um na escalada de violência no contexto das eleições presidenciais”, avalia Luiz Couto.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará afirma em nota que a vítima, de 33 anos, foi encaminhada para exame de corpo de delito na Perícia Forense do Estado do Ceará e logo depois levada à uma unidade de saúde.

Também em nota, a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Ceará informou que o crime aconteceu “aparentemente por motivações políticas”. “A aluna já havia comunicado as ameaças que sofria há vários dias às autoridades competentes, mas infelizmente a ameaça se concretizou”, diz o texto. “É preocupante o empoderamento de grupos que repercutem o discurso de ódio”, lamentou a comissão da OAB.

Transexual esfaqueada

O outro pedido de informações foi para João Eloy de Menezes, secretário de Segurança Pública e para o Ministério Público de Sergipe. Nele, Luiz Couto pede informações sobre o caso da transexual Laysa Fortuna esfaqueada na noite de 18 de outubro no centro de Aracaju. Laysa morreu no dia seguinte.

“Uma amiga que socorreu a vítima logo após o ataque, Linda Brasil, afirmou que o agressor era apoiador de um candidato à Presidência da República, que estimula atos de violência contra a população LGBT”, informa o presidente da CDHM.

O suspeito por esse crime foi preso e logo depois liberado, mas a Delegacia de Grupos Vulneráveis pediu a prisão do acusado, desta vez por tentativa de homicídio.

Foto: Guilherme Santos/Sul21.

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