Pela primeira vez no Brasil, orquestra revive sons da ancestralidade da América

Por Marina Carvalho, na UFRGS

Após apresentar a ancestralidade ameríndia por meio do som para países de todos os continentes, a Orquesta de Instrumentos Autóctonos y Nuevas Tecnologías chega pela primeira vez ao Brasil. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul recebe, no dia 22 de outubro, às 19h, no Salão de Atos, o concerto que é considerado um museu vivo pela crítica especializada. O grupo conta a história da América Latina na voz dos povos originários – ou melhor, através dos sons. Aliando tradição e tecnologia, o projeto, fundado em 2004, é resultado de um intenso trabalho de pesquisa histórico-musical realizado na Universidade Nacional de Tres de Febrero (UNTREF), na Argentina. A apresentação integra a celebração pelos 20 anos do Salão de Extensão da UFRGS. 

O espetáculo visa representar as simbologias e as mitologias da cultura americana através de instrumentos autóctones – próprios e originários de uma região, como o ehecatl maia, o pututu inca e o teponaztli e o huehuetl astecas. O grupo evidencia a pluralidade cultural inclusive em sua formação, já que conta com integrantes de diferentes nacionalidades, vindos do Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Venezuela. Assim, contemplando a sensibilidade, a espiritualidade e a emocionalidade de todo um continente, a Orquestra percorre desde a música popular de América até a música electroacústica contemporânea.

“Assistir a orquestra de instrumentos autóctones e novas tecnologias é proporcionar um encontro com a ancestralidade americana, é religar o que temos de mais atual e criativo aos conhecimentos e à memória que constituem nuestra América, que também é indígena e popular”, revela a pesquisadora em cultura indígena, Maria Aparecida Bergamaschi, sobre a experiência.

Sobre a Orquestra de Instrumentos Autóctones e Novas Telecnologias

A Orquestra de Instrumentos Autóctones e Novas Telecnologias foi fundada em 2004, na UNTREF, pelas mãos de Alejandro Iglesias Rossi e Susana Ferreres, diretor e vice-diretora da Escola de Criação Musical, Novas Tecnologias e Artes Tradicionais. Se trata de uma proposta interdisciplinar que atravessa a investigação e composição musical. O projeto conta com a participação de docentes e alunos da Escola e das licenciaturas em Artes Eletrônicas e em Música, que, em suas performances, tocam desde a música popular de América até a música electroacústica contemporânea.

Serviço

Sobre: Orquestra de Instrumentos Autóctones e Novas Telecnologias
Data: 22 de outubro de 2019, terça feira
Horário: 19 h
Local: Salão de Atos da UFRGS – Av. Paulo Gama, 110
Entrada franca

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Isabel Carmi Trajber.

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