Aliada de Aras dá parecer favorável a crime de calúnia contra professor da USP por chamá-lo de “Poste Geral da República”

Augusto Aras apresentou queixa-crime contra Conrado Hübner Mendes

Por Guilherme Amado, no Metrópoles

A procuradora da República Marina Selos Ferreira, do Ministério Público Federal no Distrito Federal, deu parecer favorável ao prosseguimento do inquérito que investiga o professor Conrado Hübner Mendes, da USP, por suspeita de calúnia, injúria e difamação. A investigação foi aberta a partir de uma queixa-crime apresentada por Augusto Aras contra Hübner Mendes, após o professor fazer críticas ao procurador-geral no Twitter. A procuradora é casada com o braço-direito de Aras na  PGR, o vice-procurador-geral Humberto Jacques.

“Além de o fazer com as afirmações que constituem calúnia, o querelado (Hübner Mendes) também ataca as honras objetiva e subjetiva do querelante (Aras) — cometendo os crimes de injúria e difamação, com outras afirmações. No primeiro caso, quando nomeia o querelante de “Poste Geral da República”, quando o acusa de ser a “sala da desfaçatez e covardia jurídicas”, de ser uma bomba para o MPF e que “não se deixa constranger pela submediocridade verbal e teatral que floreia seu colaboracionismo”. E no segundo caso ao afirmar, neste ponto de forma genérica, que o querelante seria um “grande fiador de tudo o que está acontecendo” e que, o que configura não apenas fatos absolutamente inverídicos, quanto fatos que conspurcam a trajetória de vida imaculada, pessoal e profissional, do querelante, expondo-o à execração pública mediante afirmações que transcendem a informação ou a crítica — ainda que contundente — para revelar um evidente e irretorquível animus difamandi. Apenas para revelar o dolo manifesto do querelado no intuito de ofender as honras objetiva e subjetiva do Procurador-Geral da República, mediante a divulgação de fake news, o querelante indica a verdade dos fatos amplamente divulgados por outros meios jornalísticos, e que desmerecem as propositalmente mentirosas afirmações feitas nas publicações do querelado”, escreveu a procuradora, reproduzindo trecho da queixa-crime de Aras.

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