Formatura da segunda turma de técnicos e técnicas em Agroecologia da Escola Luana Carvalho

São 13 filhos e filhas de trabalhadores rurais que se formaram técnicos e técnicas em agroecologia, pela Escola Luana Carvalho, em 2021

Da Página do MST

Uma cerimônia da formatura da segunda turma de técnicos e técnicas em Agroecologia, cheia de mística e emoções, aconteceu nesta sexta-feira, no dia 28 de janeiro, no assentamento Josinei Hipólito, Ituberá-BA. O evento reuniu famílias dos/as educandos/as, educadores/as e assentados/as, além da lideranças da regional Baixo Sul, brigada Costa do Dendê e coordenações dos assentamentos do MST em Ituberá.  

A ETALC tem o histórico de ser um importante pilar de visibilidade e de luta por uma Educação do Campo construída com base na realidade camponesa e pautada nos princípios da Educação do MST. 

Ainda assim, segundo a equipe da escola, os últimos dois anos foram muito difíceis e desafiadores para a educação básica, especialmente em se tratando da realidade do ensino “remoto” nas escolas do campo. A Escola Luana Carvalho enfrentou a falta de políticas públicas para melhorar a conectividade dos/as estudantes, estrutura precária para acompanhamento nas comunidades e a crise socioeconômica que se aprofundou na pandemia, obrigando muitos jovens do campo a evadirem a escola em busca do trabalho. 

Por isso, segundo a escola, “neste contexto tão adverso, celebramos com orgulho a persistência e a conquista dos/as recém-formados, desejando caminhos abertos para prosseguirem com seus estudos, sem deixar de torcer e lutar pelo retorno de cada um/a dos/as educandos/as que não conseguiram permanecer na Escola”. 

Após as felicitações aos homenageados, Obede Guimarães, do Setor de Educação Regional, afirmou em sua fala que “agora o desafio para é que continuem a batalha, mas agora vão estar mais maneiro, porque já estão acostumados(as) a vencer”. Ele destacou ainda a importância do trabalho coletivo na construção da escola e da experiência de Educação do Campo na ETALC.

O estudo é arma potente na mão da classe trabalhadora na luta pela transformação social. 

“POR ONDE ANDEI”

Por onde andei, resisti, 
A força da pandemia
Enfrentei máscaras, álcool em gel, 
E distanciamento social 
Mas nos meus lombos 
Reivindicando o direito
De ser uma filha formada

Por onde andei, plantei
A esperança da educação do campo
Enfrentei evasão, desistência
E o abandono do estado. 

Por onde andei, semeei
A semente da rebeldia
Por uma educação de qualidade
E que não seja mercadoria

Por onde andei, compartilhei, 
As frustrações e conquistas
De um povo que sonha, luta 
E busca da tão sonhada utopia.

Viva a juventude do Campo! 

Agroecologia é o caminho!

*Editado por Fernanda Alcântara

Por: Comunicação do MST na Bahia

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