MapBiomas: queimadas crescem na Amazônia e explodem no Pampa

ClimaInfo

Novos dados lançados nesta 5ª feira (18/8) pelo MapBiomas mostram um aumento preocupante das queimadas no bioma Pampa nos primeiros sete meses de 2022. Entre janeiro e julho, 28.610 hectares de vegetação foram queimados no sul do Brasil, uma explosão de mais de 3.370% em relação ao mesmo período no ano passado. A Amazônia também registrou crescimento da área queimada neste ano: no mesmo período, o fogo queimou 1.479.739 hectares, um aumento de 7% em relação aos sete primeiros meses de 2021.

Em todo o Brasil, foram queimados 2.932.972 hectares. “Três em cada quatro hectares queimados foram de vegetação nativa, sendo a maioria em campos naturais. Porém, um quinto de tudo que foi queimado no período foi em florestas. Metade das cicatrizes deixadas pelo fogo localizam-se no bioma Amazônia, onde 16% da área queimada corresponde a incêndios florestais, ou seja, áreas de floresta que não deveriam queimar”, explicou o MapBioma em nota. Os dados são da nova plataforma Monitor do Fogo, que passará a divulgar dados mensais sobre as queimadas.

Nos outros biomas, o cenário é de redução da área queimada entre os sete primeiros meses de 2021 e o mesmo período de 2022, mas com números ainda altos. No Cerrado, foram registrados 1.250.373 hectares queimados entre janeiro e julho de 2022, total 6% menor que o identificado no mesmo período do ano passado, mas 5% superior ao de 2019 e 39% maior que em 2020. A Mata Atlântica experimentou situação parecida: queda de 16% na área queimada nos sete primeiros meses de 2022 (14.281 he) em relação ao mesmo período de 2021, mas com crescimento de 11% na comparação com 2019 e 8% com 2020. O Pantanal registrou uma redução de 19% do total queimado (75.999 he) nesse mesmo período.

CICLOVIVOg1 e IstoÉ Dinheiro, entre outros, repercutiram essas informações. No exterior, os dados do MapBiomas também foram destaque nos EFE e RTP.

Em tempo: Uma reportagem do Amazônia Real mostrou a situação do sul do Amazonas, que está se consolidando como a nova fronteira do desmatamento na região. A reportagem destaca o impacto da expectativa de pavimentação da BR-319 no avanço da destruição.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

fourteen + fifteen =