Na Conjur
O juiz Eduardo Appio foi alvo de 28 pedidos de suspeição apresentados pelo Ministério Público Federal do Paraná entre fevereiro e maio, mês em que ele foi afastado temporariamente da 13ª Vara de Curitiba, que é responsável pelos processos restantes da operação “lava jato”. A informação é da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, os pedidos foram protocolados em processos ligados à finada operação “lava jato” e em geral apontam que Appio reagiu de forma positiva, em suas redes sociais, a publicações feitas por líderes do PT e notícias sobre doações a campanhas eleitorais do partido.
Os pedidos citam ainda a postura crítica de Appio aos métodos da “lava jato” no período em que o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol comandaram a operação.
O próprio Appio recebeu os pedidos enquanto esteve à frente da 13ª Vara de Curitiba, mas julgou apenas um deles, que foi rejeitado.
Os membros do MPF alegam, porém, que o juiz deveria ter encaminhado os pedidos para a segunda instância, já que não se declarou suspeito para julgar os processos da operação. Agora, os pedidos serão analisados pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Appio foi afastado por decisão da Corte Especial Administrativa do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A decisão foi provocada por representação do desembargador do TRF-4 Marcelo Malucelli, que é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio do ex-juiz Sergio Moro em um escritório de advocacia.
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Foto: Justiça Federal do Paraná