Ideia é estabelecer planos de combate à derrubada e de desenvolvimento sustentável inspirados em experiência amazônica em todo o país, incluindo zonas costeira e marinha.
O presidente Lula e a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) se reuniram na última 4ª feira (22/11) com especialistas nos biomas brasileiros para discutir as bases para futuros planos de combate ao desmatamento e promoção do desenvolvimento sustentável.
O governo quer aproveitar a experiência da formulação e da implementação do PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), criado em 2004 e vital para a queda da taxa de destruição da floresta amazônica, e que foi retomado agora pela gestão Lula 3.
Segundo Marina Silva, os planos já estão em elaboração, sendo que o do Cerrado está em fase final. Os demais devem ser concluídos até o final de junho de 2024. De toda forma, o governo brasileiro pretende destacar essas medidas na 28ª Conferência do Clima, que começa na próxima semana em Dubai (COP28), para mostrar as mudanças da política ambiental sob o novo governo.
“Fizemos uma avaliação de como foi a elaboração dos dois planos até agora, para otimizar a metodologia e o esforço dos outros quatro, para que estejam prontos até junho do ano que vem. É um esforço grande”, afirmou André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento do ministério.
A promessa representa também uma retificação de prazos. Como O Globo observou, a expectativa inicial era de que esses planos fossem apresentados em agosto, como afirmado pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. O governo destacou que o plano para o Cerrado deve ser divulgado “nos próximos dias” e reafirmou que os demais biomas serão atendidos até o final do próximo semestre.
A Agência Brasil também repercutiu a notícia.
Em tempo: O BNDES confirmou que liberará, por meio do Fundo Amazônia, R$ 318 milhões para ações de segurança e defesa contra o desmatamento na Amazônia. Segundo o delegado Humberto Freire, diretor da Polícia Federal para a região, os recursos serão direcionados para ações como a implementação de bases para fazer enfrentamento a crimes ambientais, e a aquisição de equipamentos e aeronaves e outros veículos para facilitar a fiscalização. A notícia é da Reuters e também foi destacada pela Folha.
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Ricardo Stuckert / PR