Policiais civis e militares levam terror a aldeias e retomadas Pataxó da TI Barra Velha, no extremo-sul da Bahia

Operação deflagrada na manhã desta quinta (20) deixou um rastro de medo, detenções e violência nas retomadas da TI Barra Velha. Conselho Pataxó pede socorro federal

O povo Pataxó amanheceu sob ataque do Estado. Doze mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município de Prado, no extremo-sul da Bahia, nesta quinta-feira (20). A operação acontece dias depois de mobilizações dos Pataxó em Brasília (DF) e na região pela regularização dos territórios reivindicados. (mais…)

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Carta do cárcere. Por Mahmoud Khalil

Em A Terra é Redonda

Uma carta ditada por telefone pelo líder estudantil norte-americano detido pela Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA

1.

Meu nome é Mahmoud Khalil e sou um prisioneiro político. Estou escrevendo para você de um centro de detenção na Louisiana, onde acordo em manhãs frias e passo longos dias testemunhando as injustiças silenciosas em andamento contra muitas pessoas impedidas das proteções da lei. (mais…)

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Um poste de Eduardo Bolsonaro na presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional

A presidência da comissão não ficou com o deputado mais desqualificado para ocupá-la, que se bandeou para os EUA, mas acabou nas mãos do segundo deputado mais indigno de exercê-la

por Hugo Souza, em Come Ananás

Não havia ninguém mais desqualificado na Câmara das Deputados para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Casa que o deputado Eduardo Bolsonaro. Isso porque Eduardo vinha usando o cargo de deputado federal para tentar mobilizar forças estrangeiras contra instituições do Estado brasileiro. (mais…)

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Política global de drogas: saúde, não guerra

Na 68ª sessão da Comissão de Narcóticos da ONU, a América Latina brilhou: com suas propostas e exemplos, Colômbia, Brasil e Uruguai mostraram que só uma abordagem baseada na saúde pública, e não na violência, faz uma boa política de drogas

Por Cláudia Braga, para a coluna Cuidar das pessoas, cuidar das cidades/Outras Palavras

Aconteceu em Viena, entre os dias 10 e 14 de março de 2025, a 68ª sessão da Comissão de Narcóticos (Commission on Narcotic Drugs – CND), órgão da ONU responsável pela formulação de políticas relacionadas às drogas. (mais…)

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Tarifa Zero, saída para o colapso urbano

Novo livro aponta paradoxo nas cidades brasileiras: quanto mais tecnologia e uberização, mais caos e mortes no trânsito. Como o transporte público gratuito é alternativa — e por que o Brasil tornou-se líder mundial em sua adoção

por Daniel Santini, em Outras Palavras

“Os desajustamentos causados pela exclusão social de parcelas crescentes de
população emergem como o mais grave problema em sociedades pobres e ricas.
Esses desajustamentos não decorrem apenas da orientação
assumida pelo progresso tecnológico (…).
Os novos desafios (…) são de caráter social e não basicamente econômico
como ocorreu na fase anterior do desenvolvimento do capitalismo.
A imaginação política terá assim que passar ao primeiro plano.
Equivoca-se quem imagina que já não existe espaço para a utopia.
Ao contrário do que profetizou Marx, a administração das coisas
será mais e mais substituída pelo governo criativo dos homens.”
(Celso Furtado, O Capitalismo Global,1998.)

Carros autônomos, s elétricos, drones voadores para entrega de mercadorias, túneis exclusivos para veículos sônicos ultra­hiper­tecno­ló­gi­cos, blá-blá-blá… A lista de soluções mágicas é quase interminável. Mesmo insustentáveis ou sem muita conexão com a realidade, elas são apresentadas sem constrangimento, no mesmo ritmo que a vida nas cidades vai ficando mais travada, poluída, perigosa, chata e impossível. As promessas baratas costumam ser recebidas com entusiasmo, o que talvez seja fruto da busca aflita por uma saída rápida para a crise de múltiplas dimensões que enfrentamos. Ou, talvez, seja desespero mesmo, uma angústia alimentada pela falta de horizontes que mina qualquer senso-crítico. (mais…)

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A defesa do Brasil na mão dos estrangeiros

Como o país deixou de produzir seus armamentos. A partir dos anos 1990, indústria bélica brasileira viveu série de falências. Estado cruzou oa braços. Capital internacional aproveita-se e atrela produção à agenda geoeconômica do Norte global

Por Flávio Rocha de Oliveira, Abner Carvalho e Souza, André Cardoso Nogueira, Antonio Pedro Miranda, Márcio Rocha da Silva Filho, Paulo Del Bianco, Roberto Tadeu da Silva, Ronaldo Galdino e Tarcízio Rodrigo Melo, no Observatório de Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil

Introdução

Quando se pensa numa indústria voltada para o desenvolvimento e a produção de armas de guerra, o Brasil apresenta uma trajetória acidentada. Em alguns momentos, como entre as décadas de 1970 e 1980, o país desenvolve uma indústria bélica como parte de um esforço mais amplo de modernização econômica. O período coincidiu como o regime autoritário militar, que possuiu um projeto de modernização autoritária com amplos investimentos na indústria pesada. Com o desenvolvimento de empresas estatais e de uma rede de universidades e escolas técnicas, majoritariamente públicas, foram criados quadros humanos com capacidade de construir equipamentos industriais, maquinários diversos, bens de consumo e obras de infraestrutura que transformou o país economicamente. (mais…)

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