Como o país deixou de produzir seus armamentos. A partir dos anos 1990, indústria bélica brasileira viveu série de falências. Estado cruzou oa braços. Capital internacional aproveita-se e atrela produção à agenda geoeconômica do Norte global
Por Flávio Rocha de Oliveira, Abner Carvalho e Souza, André Cardoso Nogueira, Antonio Pedro Miranda, Márcio Rocha da Silva Filho, Paulo Del Bianco, Roberto Tadeu da Silva, Ronaldo Galdino e Tarcízio Rodrigo Melo, no Observatório de Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil
Introdução
Quando se pensa numa indústria voltada para o desenvolvimento e a produção de armas de guerra, o Brasil apresenta uma trajetória acidentada. Em alguns momentos, como entre as décadas de 1970 e 1980, o país desenvolve uma indústria bélica como parte de um esforço mais amplo de modernização econômica. O período coincidiu como o regime autoritário militar, que possuiu um projeto de modernização autoritária com amplos investimentos na indústria pesada. Com o desenvolvimento de empresas estatais e de uma rede de universidades e escolas técnicas, majoritariamente públicas, foram criados quadros humanos com capacidade de construir equipamentos industriais, maquinários diversos, bens de consumo e obras de infraestrutura que transformou o país economicamente. (mais…)
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