Guerra Fria Interamericana

Com documentos inéditos, livro revela como a ditadura militar brasileira ajudou a golpear a mais longeva democracia do continente em conluio com os EUA para instalar um regime sanguinário sem precedentes no Chile. Mas, enquanto o apoio de Washington se dava às claras, a intervenção brasileira acontecia no submundo.

Por Andre Pagliarini, em Jacobin

Em 2013, enquanto o Chile marcava quarenta anos do golpe que matou o ex-presidente socialista Salvador Allende, derrubou a exitosa coalizão de esquerda conhecida como Unidade Popular e enterrou a democracia de um país que até então se orgulhava de sua estabilidade política, uma campanha presidencial marcada pela memória da ditadura de Augusto Pinochet se desdobrava. Michelle Bachelet e Evelyn Matthei, duas filhas de generais da Força Aérea chilena que brincavam juntas quando meninas, protagonizam a disputa eleitoral. Como Bachelet explicou ao jornal The Guardian, “meu pai e o pai dela eram bons amigos, mas eram muito diferentes. Meu pai falava muito e ria muito. Eu sou como ele. Matthei é mais alemã. Ela é quieta”. Bachelet, que já havia exercido a presidência entre 2006-2010, primeira mulher a ocupar o cargo no Chile, disse também que “minha família realmente acreditava na justiça social e tinha a mente aberta. Isso era visto como estranho pelos militares da época. É por isso que temos visões completamente diferentes”.

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As manifestações em Cuba

Luiz Bernardo Pericás analisa as manifestações em Cuba e reforça a necessidade de lutarmos pelo legado e pelos ideais da revolução.

Por Luiz Bernardo Pericás, no Blog da Boitempo

Os protestos em diferentes cidades cubanas, iniciados em San Antonio de los Baños no domingo passado, têm sido amplamente noticiados pela grande imprensa como um sinal de que o povo do país estaria, aparentemente, cansado de seu governo e que buscaria trocar o modelo socialista por outro supostamente mais “liberal” e “democrático”. Segundo essa narrativa, os problemas econômicos, agravados pela pandemia do novo coronavírus, teriam sido fundamentais para deflagrar as manifestações. É preciso, contudo, ter cautela neste momento para não ser influenciado pelos veículos da mídia estrangeira ou por informações provenientes de meios “alternativos” escusos, em geral, de grupos da internet locais, com intenso apoio dos Estados Unidos. 

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As prisioneiras de Daniel Ortega na Nicarágua

Uma heroína da revolução contra a ditadura da família Somoza e a filha da primeira presidente mulher do continente foram presas na nova onda de repressão

Por Julia Garcia, Agência Pública

Se em 2021 há poucas dúvidas de que a Nicarágua vive debaixo de uma ditadura comandada pelo ex-revolucionário sandinista Daniel Ortega e sua esposa, Rosario Murillo, vale lembrar que essa ditadura se foi cozinhando lentamente. Hoje, é remota a lembrança de 2006, quando Ortega voltou ao poder pelo voto popular.

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Historiadores debatem impacto da Covid-19 na América Latina

Por COC/Fiocruz

O primeiro ano da pandemia de Covid-19 na América Latina será tema de debate on-line entre historiadores na próxima sexta-feira (18/6), às 11h. Com a mediação do professor e pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) Marcos Cueto, editor da revista História Ciência Saúde – Manguinhos, o encontro terá a participação dos pesquisadores Claudia Agostoni, (Instituto de Investigaciones Históricas da Universidad Nacional Autónoma de México), Karina Ramacciotti (Universidad Nacional de Quilmes e Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas) e Gabriel Lopes (COC/Fiocruz).

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Colombia: A un mes del inicio del Paro Nacional, demandamos el fin de la violencia estatal e investigación internacional de los crímenes de Estado

La Via Campesina

A cumplirse un mes del inicio del Paro Nacional contra el paquetazo neoliberal de mayor corte de derechos, privatizaciones y flexibilización laboral, los movimientos y organizaciones sociales abajo firmantes, nos solidarizamos con el pueblo de Colombia y demandamos el inmediato cese de la brutal violencia estatal y para estatal contra jóvenes, mujeres, campesinxs, trabajadorxs, indígenas que se vienen manifestando incesantemente por sus derechos.

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Como história de amor e piratas: os 50 anos de “As Veias Abertas da América Latina”

Por Pedro Cardoso, no Buala

Nos anos 70, o livro “As Veias Abertas da América Latina”, do uruguaio Eduardo Galeano, foi uma bofetada às ditaduras da Operação Condor. A obra esmiúça 400 anos de saqueio dos recursos da região, desde a conquista europeia até a segunda metade do século XX. Uma história de depredação para explicar o ciclo de pobreza e exclusão da América Latina. Publicado em 1971, “As Veias”, como se referia Galeano ao seu livro icónico, faz 50 anos.

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