Como a onda de extrema-direita no Brasil se tornou ‘popular’ e o que pode ser feito para desembaraçá-la

O núcleo de apoio de Jair Bolsonaro está entre os brasileiros ricos. Mas a figura da extrema-direita não teria chegado tão longe se não tivesse também estabelecido uma base formidável entre os pobres.

Por Matthew Aaron Richmond , no Rio On Watch

É Dia de Eleição na periferia de Santo André, um município da região industrial do ABC, na Grande São Paulo. Um homem com seus cinquenta anos vende caldo de cana, de sua van. Enquanto ele empurra a cana através do triturador, dois homens aproximadamente da mesma idade, sentados em cadeiras brancas de plástico, conversam com entusiasmo. O tópico é o mesmo que está na boca de todos neste dia. (mais…)

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Batismo no rio Jordão, empresários e promessas vazias: como Bolsonaro construiu a imagem de “amigo de Israel”

O candidato enfatizou sua relação com empresários e políticos judeus para alavancar candidatura. Aproximação causou uma crise na comunidade judaica entre os defensores dos direitos humanos

Por Regiane Oliveira, no El Pais

“Pode ter certeza que se eu chegar lá [Presidência da República] não vai ter dinheiro pra ONG”. “Se depender de mim, todo cidadão vai ter uma arma de fogo dentro de casa”. “Não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola”. “Eu fui num quilombola. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada”. “Não podemos abrir as portas [do Brasil] para todo mundo”.

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A dissociação entre a verdade e a memória

Por Fernanda Vilar, no Buala

Os tempos sombrios vividos no Brasil espelham nossa perplexidade sobre o esmorecimento  das notícias perante as fake news (1). A estratégia eleitoral onde uma mentira vira verdade não é exclusa das mídias sociais modernas. Falta-nos saber como devolver a verdade à verdade. Como conjugar a verdade com a construção da memória no fazer da história – especialmente nos casos recentes de incineração (in)voluntária de arquivos em importantes museus do Brasil (2). (mais…)

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“Há uma clara evangelização da política”

Por Gabriel Brito, no Correio da Cidadania

Depois da disparada de Bolsonaro na última hora do primeiro turno, o Brasil finalmente encara uma realidade: o poder político das bancadas evangélicas e suas lideranças move montanhas. Para debater esse fenômeno, entrevistamos Lamia Oualalou, estudiosa da inserção política e religiosa dos evangélicos, que contribuiu no recém-publicado Religião e política em tempos de mudança, da editora Baioneta. Marroquina com cidadania brasileira, ela já publicou sobre o tema em outras línguas e explica as razões que fizeram desta vertente religiosa uma das maiores forças sociais do país. (mais…)

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Cármen Lúcia suspende decisões que determinaram ação de policiais em universidades

Ministra também suspendeu efeitos de atos que determinaram o recolhimento de documentos e interrupção de aulas. Decisão é provisória e terá de ser analisada no plenário.

Por Luiz Felipe Barbiéri, G1

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia concedeu decisão liminar (provisória) neste sábado (27) para suspender os efeitos judiciais e administrativos que determinaram o ingresso de policiais em universidades públicas e privadas país. O caso ainda será analisado pelo plenário da Corte.

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A escolha é entre seguirmos vivendo, ainda que de forma insatisfatória, ou matarmos uns aos outros pelas ruas

“O anseio meu nunca mais vai ser só
Procura ser da forma mais precisa
O que preciso for
Pra convencer a toda gente
Que no amor e só no amor
Há de nascer o homem de amanhã”
(Geraldo Vandré, Bonita)

Por Celso Lungaretti, no Náufrago da Utopia

A decisão que estaremos tomando neste domingo (28) transcende ideologias. É uma opção entre seguirmos vivendo, ainda que de modo insatisfatório, ou nos matarmos uns aos outros pelas ruas. (mais…)

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A gênese da barbárie: “Espere calmamente”

Fernando Schuller, jornalista e cientista político, diz hoje [23.10] na coluna de Bernardo Melo Franco, em O Globo, que as instituições serão capazes de limitar Jair Bolsonaro, se eleito. Veja a gênese da barbárie no artigo do historiador alemão Volker Ullrich, publicado em fevereiro de 2017 no jornal Die Zeit. (Samuel Pinheiro Guimarães, no Outras Palavras)

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“Espere calmamente”

Como jornalistas, políticos, escritores e diplomatas tiveram responsabilidade na nomeação de Adolf Hitler para chanceler.

Por Volker Ullrich, (mais…)

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