Presos em sua “bolha opaca”, governantes negligenciaram as previsões sobre a tragédia no RS. Entrevista especial com Heverton Lacerda

Por: IHU e Baleia Comunicação

A situação dramática que vivemos no Rio Grande do Sul foi amplamente negligenciada em todas as esferas dos governos, conforme explica o ambientalista Heverton Lacerda. “Está evidente que sim, tanto o Estado quanto as administrações dos municípios atingidos não trataram do assunto com a seriedade que as comunidades merecem e que a situação exige, subestimando o conhecimento científico e os alertas climáticos (mais amplos que os meteorológicos)”, pontua o pesquisador. Para ele, “há um despreparo muito grande de nossos governantes do Estado e dos municípios. Eles estão perdidos e não sabem como agir. Estão aprisionados em uma bolha opaca, pressionados pelo modelo socioeconômico vigente e mau assessorados para compreender a realidade climática que se impõe”, sinaliza. (mais…)

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Programas dos governos do RS e de Porto Alegre registrados no TSE não trataram de chuvas e prevenção de desastres

Dos R$ 1,6 bilhão em emendas de parlamentares do estado, apenas R$ 2,5 milhões se destinaram a prevenção de desastres climáticos e mitigação.

ClimaInfo

Não param de crescer os números de mortos [95], desaparecidos [131], afetados [1,4 milhão] e desalojados [207,8 mil] pela tragédia climática que há mais de uma semana atinge o Rio Grande do Sul e que deve se estender por mais dias, chegando a mais regiões do estado. A solidariedade e a mobilização, tanto nas cidades inundadas e destruídas como em todo o país, multiplicam-se na velocidade do desespero das pessoas que sofrem com as chuvas extremas e seus efeitos. Os prejuízos materiais e financeiros aumentam na mesma medida. (mais…)

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Após conflitos com comunidades e Povos Indígenas, ANP decide rever oferta de áreas para combustíveis fósseis

Agência fará “pente fino” nos blocos exploratórios e adia oferta para 2025, mas Petrobras e políticos do Amapá insistem em petróleo na foz do Amazonas.

ClimaInfo

O dito popular diz que “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Mas não deixa de ser um alento a decisão da ANP de rever áreas para exploração e produção (E&P) de combustíveis fósseis no país a fim de reduzir conflitos ambientais e sociais que têm provocado protestos e ações judiciais de grupos ambientalistas e Povos Indígenas nos últimos anos. Assim, a agência não deverá ofertar blocos de petróleo e gás fóssil neste ano. Mas planeja retomar as ofertas em 2025 – quando o Brasil sediará a COP30. (mais…)

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É hora de apontarmos culpados? Por Milly Lacombe

No UOL

As imagens que chegam do Rio Grande do Sul nos transbordam. Corpos boiando, cemitérios destruídos, ossos dos mortos pelas águas, infestação de ratos e baratas, cachorros ganindo por ajuda já quase inteiros submersos, famílias separadas, crianças que procuram seus pais e mães; pais e mães que procuram suas crianças, corpos de bebês afogados, alerta de infecções por causa da invasão de água putrefata, alerta de aumento de dengue por causa do calor absurdo combinado às águas paradas, o ambiente ideal para que os mosquitos proliferem rapidamente, hospitais alagados e interditados, gado boiando, o céu desabando.

Distopia. Ficção científica. Filme de terror.

Chamemos como quisermos sem jamais esquecer que é de vidas muito reais que estamos falando. (mais…)

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Racismo na Escola: não basta remediar

Ataques em SP e DF mostram: educadores não podem manter-se passivos, limitando-se a amparar as vítimas. Uma educação antirracista e com foco nos direitos humanos é crucial. Atividades, currículo, grêmios e conselhos devem dialogar com questões fundantes do Brasil

por Valéria Pilão, em Outras Palavras

Historicamente a sociedade brasileira é racista, lgbtqifóbica e capacitista. Infelizmente, não há novidade nesta afirmação tampouco nas recorrentes reportagens divulgadas nas últimas semanas de abril e início de maio, relatando ocorrência de ações racistas entre os estudantes nas escolas de educação básica no Distrito Federal e em São Paulo. (mais…)

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Tirem as mãos da Previdência! Por Paulo Kliass

Vem aí um novo risco, além dos cortes na Saúde e Educação. Haddad e Tebet aventam tirar das aposentadorias a valorização do salário mínimo. Ainda há tempo de frear ataques à Constituição. Mas Lula precisa sair da posição de mero expectador da política econômica

Em Outras Palavras

O assim chamado “novo arcabouço fiscal” completou 8 meses de vida há poucos dias atrás. A Lei Complementar nº 200 foi promulgada no dia 30 de agosto do ano passado e foi a malandragem maldosa concebida por Fernando Haddad para colocar no lugar do famigerado Teto de Gastos do Temer. Ou seja, ao invés de simplesmente revogar a antiga EC 95, tal como prometido por Lula durante a campanha, o professor do Insper resolveu fazer mais um agradinho ao núcleo do financismo. Manteve a essência da austeridade fiscal sob uma roupagem mais palatável. Mas o importante era “botar ordem na casa” segundo suas próprias palavras, de maneira que a contenção e os cortes de despesas orçamentárias permaneceram como os componentes básicos da regra número 1 na política econômica. (mais…)

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‘No ritmo em que está a destruição dos campos, o Pampa vai acabar’, avisa pesquisador

Valério Pillar aponta os vilões: a monocultura da soja, os agrotóxicos, o descaso dos governos e a fiscalização ausente

Por Katia Marko, no Brasil de Fato

Professor do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da Ufrgs, Valério Pillar há mais de 20 anos adverte para um equívoco que cometem leigos e mesmo conhecedores do meio ambiente: achar que derrubar uma floresta é um problema, mas devastar o campo nativo não é. (mais…)

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