No dia 2 de outubro de 2017, um bilhete com a seguinte frase marcou a história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): “A MINHA MORTE FOI DECRETADA QUANDO FUI BANIDO DA UNIVERSIDADE!!!”. Palavras escritas pelo reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o Cau, para justificar a decisão de sacrificar sua própria vida após ser preso e acusado de obstruir a justiça e de ser participante de um suposto desvio de verbas destinadas ao ensino à distância. Passou por humilhações, restrições e uma prisão midiática de repercussão nacional.
Cancellier foi um homem que lutou contra a ditadura civil-militar, no movimento estudantil, pela Anistia, pelas Diretas Já, pelo Fora Collor, que dedicou sua vida ao estudo e ensino do Direito na UFSC, foi arbitrariamente proibido de voltar à sala de aula e até mesmo de se aproximar da instituição que dirigia. Os aparatos de repressão violaram os direitos humanos, rasgaram os processos legais, de forma que, sem o direito de defesa prévia e julgamento, o reitor foi humilhado, condenado de antemão, preso e torturado. Suicidado pelo abuso de poder jurídico, policial e midiático. (mais…)