O panóptico das delícias. Por Eugênio Bucci

A prisão ideal de Jeremy Bentham triunfou, isso porque os detentos não estão lá contra a vontade, mas por desejo, por prazer, por gozo e por paixão

No A Terra é Redonda

Em 1785, o filósofo inglês Jeremy Bentham inventou o que lhe parecia ser a prisão ideal. Dentro dela, caberiam centenas ou milhares de pessoas encarceradas, e todas seriam vigiadas durante as 24 horas do dia, em cada movimento mínimo que fizessem. Na outra ponta, a dos carcereiros vigilantes, um número mínimo de funcionários daria conta do recado. Seria uma casa de detenção eficiente e de baixo custo, imaginou o criador da ética utilitarista. (mais…)

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Após o vazamento sobre a Ucrânia, a mídia está perdida

O recente vazamento sobre os documentos de guerra da Ucrânia revela como o governo dos EUA tem enganado o público. Mas a mídia corporativa está mais preocupada em punir o mensageiro do que expor a mensagem – tudo em nome da “defesa da democracia”.

POR BRANKO MARCETIC*, em JACOBIN

O vazamento dos documentos sobre a guerra da Ucrânia é bombástico. Entre outras coisas, os documentos revelam que o governo Biden tem enganado o público sobre sua otimista avaliação no esforço de guerra ucraniano. O vazamento revela a extensão da espionagem dos EUA contra amigos e inimigos, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas. (mais…)

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Twitter é uma incubadora de massacres em escolas

Newsletter do The Intercept Brasil, por João Filho

Nas últimas semanas, escolas no Brasil país foram invadidas por alunos armados dispostos a matar professores e outros alunos. O primeiro ataque mais recente aconteceu em São Paulo, quando um adolescente matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas. A partir daí, uma série de outros eventos semelhantes pipocaram pelo país, criando uma onda de pânico entre alunos, pais e professores.

O vale-tudo das redes sociais fez com que elas virassem incubadoras de novos ataques. Textos, fotos e vídeos celebrando os acontecimentos e glorificando seus autores circulam livremente. O adolescente responsável pelo primeiro ataque deste ano, por exemplo, adotou em seu perfil no Twitter o mesmo sobrenome do autor do massacre de Suzano para homenageá-lo. Ataques inspiram novos e o efeito bola de neve se torna inevitável, como vimos nas últimas semanas. (mais…)

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Imprensa é corresponsável pelos ataques em escolas, diz Daniel Cara

Homem de 25 anos invadiu escola infantil e matou quatro crianças em Blumenau (SC) nesta quarta (5). Ataques estão se tornando “endêmicos” no Brasil, afirma dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

por Gil Luiz Mendes e Amauri Gonzo, na Ponte

Na manhã desta quarta-feira (5/4) um homem de 25 anos invadiu uma escola de educação infantil em Blumenau (SC) armado com uma machadinha e matou quatro crianças entre 5 e 7 anos, deixando ainda mais cinco crianças feridas. O ataque aconteceu pouco mais de uma semana da morte da professora Elisabete Tenreiro, esfaqueada dentro da escola estadual Thomazia Montoro, na capital paulista, em uma ação semelhante realizada por um aluno de 13 anos, que deixou mais quatro pessoas feridas, no dia 27 de março. (mais…)

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Big Techs: um pesadelo pior que a velha mídia

No Youtube, o algoritmo já controla 70% das visualizações. O WhatsApp tornou-se uma caixa-preta. Debate público é implodido: vale tudo para obter “engajamento” – até alavancar a ultradireita. Será possível descolonizar as redes sociais?

por Rafael Evangelista, em Outras Palavras

O ressurgimento global de movimentos autoritários que perseguem as minorias parece espelhar a primeira metade do século passado, que foi marcada na carne pela ascensão de diversas modalidades de fascismos, autoritarismos e populismos divisionistas fundados na construção de mitos sobre uma origem comum de certos povos e em teorias conspiratórias sobre inimigos internos e externos. Na época, como agora, ganhava importância o debate sobre o papel das tecnologias no fomento ou no oferecimento de meios para o surgimento desse tipo de fenômeno. (mais…)

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O fim do Projeto Folha. Por Luis Nassif

O modelo Folha era uma mistura talentosa de estilos, conquistando vários públicos. Hoje, duas figuras históricas decretam o fim do jornal

No GGN

Na Folha de hoje, duas figuras históricas decretam o fim do jornal.

Uma delas, Matinas Suzuki, personagem central do chamado Projeto Folha, implantado por Otávio Frias Filho quando assumiu a direção do jornal. O outro, o advogado Luiz Francisco de Carvalho Filho, há décadas advogado criminal do jornal, e um dos melhores amigos de Otavinho. Dias atrás, foi a vez de Marcelo Coelho. Nos três casos, trataram a demissão de Jânio de Freitas como o ponto final de um projeto – que, na verdade, morreu em meados dos anos 2.000, quando OFF (como era tratado), sem os conselhos do pai, sucumbiu à conversa do mais nefasto personagem da mídia brasileira contemporânea, Roberto Civita. (mais…)

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