O legado de uma década perdida. Por Renato Janine Ribeiro

A esquerda é inteiramente representativa do senso comum de nossa sociedade – tudo de bom que acontece, e tudo de ruim, é só do Presidente

No A Terra é Redonda

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Não sou um fã das instituições, quero dizer: não considero que a chave para a democracia esteja nelas. Na verdade, há duas vertentes para se pensar a política moderna – uma é a da ação, outra a da instituição. Desenvolvi este tema em meu livro A sociedade contra o social, de 2000, resumo-o rapidamente aqui. (mais…)

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Como o racismo se reflete na violência policial no Brasil

Caso de homem negro amarrado e arrastado por policiais militares em São Paulo evidencia não só o racismo estrutural nas instituições, como a falta de vontade política para enfrentar o problema, afirmam especialistas.

Por Fábio Corrêa, na DW

No último dia 5 de junho, um vídeo gravado por uma testemunha revelou cenas chocantes em que um homem negro, amarrado com uma corda pelos pés e pelas mãos, é arrastado por policiais militares após ser acusado de roubar duas caixas de bombons em um supermercado de São Paulo. As imagens foram divulgadas pelo padre Julio Lancelotti e trouxeram novamente à tona o debate sobre a violência nas abordagens policiais que atinge a população negra e periférica em todo o Brasil. (mais…)

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O panóptico das delícias. Por Eugênio Bucci

A prisão ideal de Jeremy Bentham triunfou, isso porque os detentos não estão lá contra a vontade, mas por desejo, por prazer, por gozo e por paixão

No A Terra é Redonda

Em 1785, o filósofo inglês Jeremy Bentham inventou o que lhe parecia ser a prisão ideal. Dentro dela, caberiam centenas ou milhares de pessoas encarceradas, e todas seriam vigiadas durante as 24 horas do dia, em cada movimento mínimo que fizessem. Na outra ponta, a dos carcereiros vigilantes, um número mínimo de funcionários daria conta do recado. Seria uma casa de detenção eficiente e de baixo custo, imaginou o criador da ética utilitarista. (mais…)

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Raiva e narcisismo alimentam poder das redes sociais, diz especialista alemão

Por Daniel Hopenhayn, especial para a BBC News Mundo

“O crescimento da digitalização sempre foi exponencial, mas a pandemia acelerou esse processo com esteroides”, afirma Martin Hilbert, pesquisador alemão da Universidade da Califórnia-Davis, nos Estados Unidos, e autor do primeiro estudo que calculou quanta informação existe no mundo.

Conhecido também por ter alertado sobre a coleta de dados da consultoria Cambridge Analytica durante a campanha eleitoral de Donald Trump um ano antes de estourar o escândalo, Hilbert tem acompanhado de perto os efeitos digitais do coronavírus.

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Zizek vê a distopia mais desumana de Elon Musk

Ao propor romper a fronteira entre o fluxo de pensamento e a realidade, o Neuralink expõe um projeto desumano. Sua tecnologia implica eliminar, em nome do conforto, uma distância psíquica sem a qual não há autonomia possível

Por Slavoj Žižek, no Outras Palavras

No final de agosto, Elon Musk apresentou, numa entrevista coletiva em Los Angeles, a primeira prova viva do sucesso de seu projeto Neuralink. Exibiu o que era, em suas palavras, “um porco saudável e feliz”, com um implante que tornou seus processos mentais legíveis por um computador. Fico curioso por saber como ele descobriu que o porco estava feliz…

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Pesquisa aponta 62,6% das cidades brasileiras como ‘desertos de notícias’

Nesses locais, os moradores têm acesso à cobertura nacional, mas sem foco no poder público local

Por Folhapress, em O Tempo

O Atlas da Notícia, levantamento anual de jornalismo local no país, afirma que 3.487 municípios brasileiros, 62,6% do total, são hoje “desertos de notícias”. Não têm um veículo sequer, seja jornal, site ou emissora de rádio e TV com programação propriamente jornalística. A cobertura que seus moradores recebem se restringe ao noticiário dos órgãos nacionais, sem foco no que faz o poder público local – que passa por eleição no ano que vem.

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Das Casas Bahia a Donald Trump. Por Patrick Mariano

Na Revista Cult

Um aplicativo que envelhecia as faces de usuários logo se tornou febre entre os brasileiros. O roteiro é parecido: famosos e influenciadores digitais começaram a estampar os seus rostos envelhecidos nas redes sociais e rapidamente em nossos próprios grupos pipocam imagens de amigos e conhecidos. 

Pouco tempo depois, saíram algumas matérias apontando riscos na proteção de dados dos usuários do aplicativo, com autorizações amplas que permitiriam grande vulnerabilidade. Considerando que não faz muito tempo que o Facebook admitiu a utilização em massa de dados dos seus usuários – motivo pelo qual foi condenado pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos em US$ 5 bilhões por falhas na política de privacidade da rede social -, não deveria ter causado muita surpresa a notícia relativa ao aplicativo do envelhecimento.

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