Resistir ao furacão da globalização parece impossível em um mundo que avança na modificação genética para uso na agricultura, na consolidação de cultivos intensivos e nos alimentos processados, mas Vandana Shiva, a grande ativista da biodiversidade e do ecofeminismo, parece ter conseguido essa façanha. Cheia de energia, dona de um sorriso que não perdeu intensidade e de uma convicção que desafia as mais virulentas críticas, esta mulher nascida na cidade indiana de Dehradun há 69 anos continua com todo vigor sua luta pela diversidade de sementes contra as monoculturas, pelo papel da mulher na economia, pela água, contra as patentes agrícolas e por um conceito que ela defende como bandeira para novos tempos tempestuosos: o sentimento de pertença. “Belonging.” Uma ideia que em seu discurso engloba muito mais do que o fato de fazer parte de um clube, pois inclui algo tão imaterial quanto a comunidade, o coletivo, a autenticidade e a família em sentido amplo. Muito amplo.
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Quantos são os indígenas, quilombolas e os membros de povos tradicionais no Brasil?
Novo volume da obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil” já está disponível no portal da SBPC e pode ser acessado gratuitamente
A SBPC lançou na última sexta-feira, 3 de junho, o volume 1 da obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. Intitulada “Quem são, quantos são”, a seção 1 da primeira arte do trabalho propõe uma questão que parece básica, porém é muito difícil de responder.
(mais…)Saberes ancestrais e um novo olhar à indústria farmacêutica
Alta tecnologia não bastará. Povos indígenas podem dar pistas importantes para a produção de novos fármacos, mas são ignorados pelos laboratórios. Superar atraso exigirá florestas em pé e Bibliotecas Químicas do Comum
por Ricardo Abramovay, em Outras Palavras
A humanidade precisa da Amazônia não só em virtude dos serviços ecossistêmicos prestados pela floresta na regulação climática, na oferta de água e de produtos úteis para a alimentação humana e animal, mas também por sua importância na descoberta de medicamentos fundamentais.
(mais…)#AHistóriaQueEuCultivo premiará guardiãs e guardiões da agrobiodiversidade
Intercâmbios agroecológicos, certificados e vídeos estão entre as premiações aos que praticam o resgate, a multiplicação e o cultivo de sementes crioulas, dentre outras ações em defesa da agrobiodiversidade
#AHistóriaQueEuCultivo, iniciativa idealizada pelo Grupo de Trabalho (GT) Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), premiará relatos em vídeo sobre experiências de promoção da biodiversidade e de resistência a ameaças à agroecologia, como a contaminação de sementes, mudas e alimentos por transgênicos, agrotóxicos ou perdas pelas queimadas. Em sua primeira edição, a iniciativa presta homenagem à Emília Alves Manduca (em memória), animadora de sementes crioulas no Mato Grosso. As inscrições estarão abertas até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
(mais…)MPF ajuíza ação civil pública para anular nomeação para a Chefia do Parque Nacional da Lagoa do Peixe
Nomeação viola dispositivos do Decreto 9.727/19
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul ajuizou Ação Civil Pública (ACP), com pedido liminar, para anular a Portaria nº 328/2019, do Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que nomeou Maira Santos de Souza para exercer o cargo em comissão de Chefe de Unidade de Conservação I, Código DAS-101.2, do Parque Nacional da Lagoa do Peixe.
(mais…)Internacional: “Es nuestra forma de vivir la que conserva”
A pesar que se publicó en noviembre de 2017 compartimos un interesante artículo del Forest Peoples Programme sobre los modelos jurídicos para la conservación. En este se argumenta –en base al análisis de diversas experiencias en Australia, Tanzania, Guyana, Brasil y Canadá– que la conservación basada en los derechos es una alternativa realista y preferible porque implica una biodiversidad y una supervivencia cultural que se sostienen mutuamente.
“Es nuestra forma de vivir la que conserva”: modelos jurídicos para la conservación basada en los derechos*
Por Tom Lomax y Athene Dilke**
(mais…)Extinção de radares nas estradas ameaça biodiversidade e estimula atropelamento de animais
A cada segundo, quinze animais são atropelados nas estradas brasileiras; o número poderá crescer muito, com prejuízo bastante significativo para a biodiversidade, caso sejam retirados equipamentos de controle da velocidade, como quer Bolsonaro
Por Maria Lígia Pagenotto, em De Olho nos Ruralistas
Ao defender mais uma vez, no início do mês, a redução de radares nas rodovias federais, o presidente Jair Bolsonaro colocou em risco, além de muitas vidas humanas, uma imensa parcela de animais silvestres. Dados do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), órgão ligado à Universidade Federal de Lavras (MG), mostram que morrem, por ano, 475 milhões de animais selvagens, de todos os portes, vítimas de atropelamento.
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