Outra Política: o que aprender com BH

Douglas Resende e Jean-Claude Bernardet lançam um olhar sobre a experiência que sacudiu a esquerda em Minas Gerais e tentam descobrir como ela pode ajudar a encontrar saídas no deserto político brasileiro

Douglas Resende, entrevistado com Jean-Claude Bernardet, em Outras Palavras

A sequência de derrotas sofridas desde o golpe de 2016 continua atordoando a esquerda institucional brasileiro. O sintoma mais nítido é a perda de horizontes utópicos. Diante de um governo que opera em modo de devastação frenética, escasseiam alternativas. Raras vezes há, inclusive, resistência – ao desmonde da Petrobrás, à censura das obras artísticas por instituições como a Caixa ou ao aumento dos assassinatos policiais, por exemplo. Os partidos comportam-se como se esperassem um fato salvador – um vazamento arrasador da Vaza Jato, por exemplo.

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Bacurau e a esquerda anestesiada

Uns veem-no como distopia já em curso. Outros, como utopia catártica. Em comum, a incapacidade para lidar com um real cada vez mais diferente do imaginado. O sintoma não está na obra, mas na estranha recepção de boa parte do público

Por Bárbara d’Alencar Dragão*, em Outras Palavras

Que a esquerda, a partidária, aquela dos cálculos eleitorais e das disputas ínfimas, esteja perdida em seus próprios labirintos já não é novidade. Não que a disputa partidária e a volta ao poder devam ser renunciadas em prol de uma pureza pueril, mas quando o horizonte de sentido se reduz aos aspectos meramente eleitorais, a derrota deixa de ser apenas um acidente de percurso.

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Bacurau, libertação e fúria

Numa provocação sobre o papel da violência, a pergunta: ela jorra do sangue dos invasores, ou da tentativa de colonizar e aniquilar o Sertão — com ajuda dos próprios brasileiros? Fica, no entanto, o exemplo: não precisamos morrer todo dia

por Juliana Magalhães*, em Outras Palavras

“No centro do sertão, o que é doideira às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo!”
Guimarães Rosa

Um dia um artista carioca disse que procuramos no amor uma pureza impossível. Não me lembro se foram essas as palavras, mas sei que o sentido da frase era exatamente esse. A questão é que há também quem busque por uma pureza impossível na arte, no cinema. Há quem procure por uma experiência aconchegante quando entra numa sala de cinema:  problemas que se resolvam com soluções mágicas e fleumáticas. Uma estética que não agrida os olhos ou um suposto bom gosto. Um final feliz para o bom e um final um pouco menos feliz para o mau. Coisas “belas” que Hollywood e os contos de fada fizeram com que o nosso cérebro invocasse quase que imediatamente. Desejam uma espécie de desfecho que as obras realistas não suportam mais. Não falo aqui do movimento realista, mas da realidade em si.

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Mostra de cinema ambiental reúne 133 filmes de doze países em SP

Exibições e debates gratuitos da Ecofalante acontecem entre 30 de maio e 12 de junho em salas de cinema e plataformas online; De Olho nos Ruralistas participa de uma mesa sobre a resistência dos povos tradicionais

Por Daniel Perseguim, em Outras Palavras

A oitava edição da Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental abre para o público nesta quinta (30), em São Paulo, com 133 filmes de 32 países. Constam da programação diversos ciclos temáticos: as utopias e o cinema militante pós-68 (com obras assinadas por diretores consagrados, como Agnès Varda, Michelangelo Antonioni e Glauber Rocha), o Panorama Internacional Contemporâneo, a Sessão Infantil e o 2º Seminário de Cinema e Educação, além dos novos programas Mostra Brasil Manifesto e Realidade Virtual.

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Premiado filme mineiro propõe outra forma de ver a questão indígena

por Paulo Henrique Silva, em Hoje em Dia

Em maio de 2018, a produção mineira “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” levou o Prêmio Especial do Júri da mostra “Un Certain Regard”, no Festival de Cannes, na França. Ao passarem pelo tapete vermelho, os diretores João Salaviza e Renée Nader Messora e os produtores Ricardo Alves Jr. e Thiago Corrêa exibiram cartazes pedindo a “demarcação já!” de terras indígenas.

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Cineasta brasileira leva luta do MST a Berlim

O longa, exibido no Festival de Berlim, foi filmado em acampamentos do MST, em Goiás

Da Página do MST

Gravado em 2014, a partir da vivência da cineasta e diretora de fotografia brasileira, Camila Freitas, nas ocupações de terras do MST, o documentário “Chão” chamou atenção para a importância da luta pela terra no Brasil, ao ser exibido do último domingo (10), no  69º Festival Internacional de Cinema de Berlim. O longa, exibido na seção ‘Fórum’, foi um dos 12 filmes brasileiros selecionados para a mostra.

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