Douglas Resende e Jean-Claude Bernardet lançam um olhar sobre a experiência que sacudiu a esquerda em Minas Gerais e tentam descobrir como ela pode ajudar a encontrar saídas no deserto político brasileiro
Douglas Resende, entrevistado com Jean-Claude Bernardet, em Outras Palavras
A sequência de derrotas sofridas desde o golpe de 2016 continua atordoando a esquerda institucional brasileiro. O sintoma mais nítido é a perda de horizontes utópicos. Diante de um governo que opera em modo de devastação frenética, escasseiam alternativas. Raras vezes há, inclusive, resistência – ao desmonde da Petrobrás, à censura das obras artísticas por instituições como a Caixa ou ao aumento dos assassinatos policiais, por exemplo. Os partidos comportam-se como se esperassem um fato salvador – um vazamento arrasador da Vaza Jato, por exemplo.
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