O pato. Por Julio Pompeu

No Terapia Política

Antecipou-se para pegar a maleta, de maneira a colocar-se logo atrás do chefe que caminhava rápido sala afora. Seguiu ostentando a simpatia que lhe era habitual e o orgulho de fazer o que fazia. Estava no centro do poder. Em meio à bajulação. Refletindo no penteado engomado o brilho dos flashes. Não era muita coisa. Mais um subalterno. Mas não um subalterno qualquer. O subalterno do homem. O preferido. O capaz de tudo. O que carregava a maleta do chefe. (mais…)

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O perfume de Gengis Khan nas línguas da Amazônia. Por José Ribamar Bessa Freire

No TaquiPraTi

Quem tem língua cortada não fala” 
(Provérbio Mongol. Séc. XIII)

As línguas Nheengatu e Kambeba passam a fazer parte agora do currículo educacional das quatro escolas municipais indígenas de Manaus, atendendo reivindicação dos índios moradores de uma cidade que sempre foi cemitério de línguas e traz sepultado em seu solo o último falante do idioma Baré. Durante séculos, a glotopolítica colonialista silenciou centenas de línguas indígenas, com o objetivo de emudecer seus falantes, como manda o provérbio do séc. XIII, baseado em prática adotada por Gengis Khan, fundador do Grande Império Mongol, que abarcava China, Europa Oriental, Pérsia e Oriente Médio.  

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