Juiz usa Estatuto da Criança e Adolescente para defender quebra de sigilo médico em aborto

Mulher foi presa em hospital com hemorragia, dores e convulsões e forçada a confessar aborto

Por Mariama Correia, em Agência Pública

Um juiz usou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para justificar a quebra de sigilo médico em um caso de aborto. Na decisão, o magistrado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo compara o feto a uma criança já nascida ao invocar o “dever de comunicar maus-tratos à criança ou adolescente” para isentar a equipe médica de uma Santa Casa de Misericórdia, no noroeste paulista, por ter denunciado uma paciente que procurou a emergência, depois de ter abortado. A polícia chegou a prender a mulher dentro do hospital. (mais…)

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MPF vai à Justiça para garantir direitos fundamentais de alunos de escolas públicas militares e cívico-militares

Estudantes têm direito à liberdade de expressão, intimidade e vida privada, defende a ação

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para proibir que colégios militares e cívico-militares imponham padrões estéticos e de comportamentos baseados na cultura militar, sem qualquer relação ou potencialidade para a melhoria do ensino, tais como cabelos, unhas, maquiagem, tatuagem, forma de se vestir. Pede ainda que esses colégios se abstenham de punir os alunos em virtude da apresentação pessoal. (mais…)

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‘A lei não acompanha as mudanças no conceito de família’, diz Maria Berenice Dias

Por Rafa Santos, na Conjur

A natureza jurídica do conceito de família passou por uma importante transformação no Brasil. E essa mudança ocorreu para tentar acompanhar a evolução das relações sociais e a compreensão atual de que a entidade familiar não pode mais ser limitada à chancela estatal do casamento heteronormativo.

E uma das responsáveis por essa transformação é a advogada Maria Berenice Dias, especializada em Direito Homoafetivo, Famílias e Sucessões e vice-presidente nacional do Instituto Brasileiro do Direito de Família (IBDFAM). (mais…)

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Violência infantil: Repensar o papel da Saúde

Relatório inédito da OMS democratiza dados e sublinha o papel da área na rede de proteção. Profissionais devem ir além do socorro às vítimas: a coleta de dados é central para a formulação de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção

Por Erika Farias para a EPSJV/Fiocruz

A Política Nacional de Redução de Morbimortalide por Acidentes e Violências, estabelecida pela Portaria n.º 737/2001 do Ministério da Saúde, institucionalizou o tema da violência como um problema de saúde pública. Essa política brasileira veio antes do Relatório Mundial Sobre Violência e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2002, que, além de ratificar a questão como problema de saúde pública em nível global, fornecia diretrizes para o enfrentamento do problema. (mais…)

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Abraji e organizações de liberdade de imprensa repudiam censura judicial contra The Intercept

Abraji

As organizações de defesa do jornalismo abaixo assinadas repudiam com veemência e consideram muito preocupante a decisão de uma juíza do Rio de Janeiro que determina a retirada da internet de vídeos e textos referentes à série de reportagens “Em nome dos pais”, do The Intercept Brasil. O material trata sobre injustiças cometidas contra mães e crianças em nome da Lei de Alienação Parental.

No último dia 30 de maio, o site e a autora das reportagens, Nayara Felizardo, foram notificados da decisão da juíza Flávia Gonçalves Moraes Bruno, da 14ª Vara Cível da Comarca da Capital do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A magistrada concedeu liminar decidindo que a repórter e o site estavam obrigados a retirar o material de jornalismo investigativo de todas as plataformas, sob pena de multa diária. (mais…)

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Internação de crianças e adolescentes persiste no Brasil após 36 anos de Reforma Psiquiátrica

Institucionalização e falta de regulação ainda afetam o cuidado em saúde mental infantojuvenil

por Nara Lacerda, em Brasil de Fato

O Brasil completa 36 anos de luta antimanicomial neste 18 de maio, mas, apesar dos avanços conquistados no período, a internação de crianças e adolescentes segue um desafio para o país. O movimento histórico tem como um dos principais resultados a lei da Reforma Psiquiátrica, de 2001. No entanto, as garantias previstas no texto parecem não alcançar a população jovem no mesmo ritmo. (mais…)

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