Uma em cada 3 pessoas no País ainda acha que vítima é culpada por estupro

Mais de um terço da população brasileira atribui à vítima a culpa por ter sofrido estupro. Pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgada nesta quarta-feira, 21, mostra que 37% concordam com a frase “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”, porcentual que chega a 42% entre os homens, e 30% acreditam que a “mulher que usa roupas provocativas não pode reclamar se for estuprada”

Marco Antônio Carvalho – O Estado de S. Paulo / IHU On-Line

A pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha com 3.625 pessoas em 217 cidades de todas as regiões do País entre 1 e 5 de agosto, traz ainda outros dados considerados preocupantes por especialistas: 65% da população diz sentir medo de ser vítima de violência sexual, número que é de 90% entre as mulheres do Nordeste. O receio é maior entre os mais jovens, onde o porcentual médio é de 75%, decrescendo conforme aumenta a faixa etária. (mais…)

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Mulheres negras são mais vítimas de violência que as brancas, diz promotora

Sayonara Moreno – Correspondente da Agência Brasil

As mulheres negras são mais vítimas de violência que as brancas e as raízes do problema estão associadas à escravidão. A avaliação é da promotora de Justiça Lívia Santana Vaz, do Ministério Público da Bahia, que participou ontem (20) do I Seminário Biopolíticas e Mulheres Negras: práticas e experiências contra o racismo e o sexismo.

“Não há dúvida nenhuma que, em decorrência da forma como houve a escravização das mulheres negras no Brasil e o racismo institucional que persiste até os dias de hoje, a mulher negra é muito mais vítima de violência de gênero do que a mulher branca.” (mais…)

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Revista ‘Radis’ de julho traz reportagem e entrevista para debater a cultura do estupro

No Informe ENSP

A revista Radis de julho traz, em sua reportagem de capa, um tema urgente: a necessidade de se debater e combater a cultura do estupro em nossa sociedade. O assunto veio à tona com a notícia do estupro coletivo de uma jovem no Rio de Janeiro em maio. Além da reportagem, que aborda a forma como o sistema de saúde recebe e cuida das vítimas de estupro, a revista traz uma entrevista com a antropóloga Lia Zanotta Machado, da Universidade de Brasília (UNB), mostrando que a desigualdade entre os gêneros e a ideia secular de que o homem é dono da mulher estão na origem de uma cultura que banaliza o estupro. (mais…)

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O estupro em grupo não é uma brincadeira. Artigo de Michela Marzano

IHU On-Line

Os estupros continuarão existindo não apenas enquanto não ficar claro a todos que o corpo da mulher não está à disposição de qualquer um, e que todo ato sexual se justifica e se fundamenta sempre e apenas no recíproco consentimento, mas também enquanto houver aqueles que continuem banalizando esses episódios de violência extrema ao falar de “brincadeiras” ou de “momentos de fraqueza”, como infelizmente acontece ainda hoje, justificando, assim, o injustificável.

A opinião é da filósofa italiana Michela Marzano, professora da Universidade de Paris V – René Descartes. O artigo foi publicado no jornal La Repubblica. A tradução é de Moisés Sbardelotto. (mais…)

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Da “conquista” à violência: o domínio masculino sobre a mulher e a cultura do estupro no Brasil. Entrevista especial com Jacqueline Pitanguy

“Frases como ‘mas ela fez por merecer’ são extremamente perigosas”, adverte a socióloga

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

“É da maior importância que as mulheres estejam falando em ‘cultura do estupro’”, porque estão denunciando que “não se trata de um caso horrível de um estupro individual, mas de uma cultura que favorece o estupro”, diz Jacqueline Pitanguy à IHU On-Line. (mais…)

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