Presidente adota agenda interna ousada, com medidas que favorecem salários, imigrantes, endividados, serviço público e ambiente. Quais as causas da surpresa. Como ela pode enfraquecer o discurso neoliberal, inclusive no exterior
Por Liza Featherstone*|Tradução: Guilherme Ziggy, na Jacobin Brasil.
Joe Biden, sejamos francos, é uma figura bem improvável de sustentar uma agenda política que mire na transformação. Ele está implicado profundamente em muito do que há de errado com os Estados Unidos e o mundo de hoje: já trabalhou feliz da vida com segregacionistas nos anos 1970, depois virou um criminoso parlamentar, fato que resultou em encarceramento em massa, e foi também um campeão da guerra do Iraque, que matou dezenas de milhares de civis iraquianos e soldados estadunidenses. Em Yesterday’s Man (Verso, 2020), o novo livro de Branko Marcetic, você pode conhecer mais sobre essa deprimente figura pública do conservadorismo.
(mais…)