Superterça: como evitar a volta de Trump?

Ex-presidente parece forte nas primárias e pesquisas, mas sua rejeição é ampla. Seu trunfo: a impopularidade de Biden, ainda maior após apoiar o massacre em Gaza. Há alternativas? Muito dependerá do que ocorrer hoje

Por Glauco Faria, em Outras Palavras

As chances de impedir que um político de ultradireita assuma o comando do país mais poderoso do mundo serão jogadas, em parte, amanhã, 5 de março. Os Estados Unidos terão a chamada “Superterça”, data que concentra algumas das mais importantes eleições primárias para escolher os candidatos à Presidência dos partidos Democrata e Republicano. Embora haja dois óbvios favoritos em cada legenda, Joe Biden e Donald Trump, as margens dos resultados podem influenciar uma corrida ainda indefinida e com potencial para surpresas. (mais…)

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Estudo investiga o papel da ‘Aliança para o Progresso’ no Brasil durante o governo João Goulart

José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

A ingerência do governo, agências e empresas norte-americanas na política brasileira, antes do golpe civil-militar de 1964 e durante o período ditatorial, é amplamente reconhecida pelos estudiosos, no Brasil e nos Estados Unidos. Mas faltava um levantamento quantitativo robusto que respaldasse essa asserção qualitativa. Tal levantamento foi feito em parte, em um recorte específico, pelo historiador Felipe Pereira Loureiro, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP). (mais…)

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Educação: lobby pela terceirização volta à cena

Um contestado relatório sobre as “escolas charter” dos EUA recoloca em circulação a defesa da gestão privada nas escolas públicas do Brasil. Entidades ligadas a corporações estão de olho nas verbas do setor e na propagação da mentalidade neoliberal

por Nora Krawczyk, em Outras Palavras

Em muitos aspectos o cenário educacional norte-americano tem sido uma fonte importante de legitimação das políticas educacionais nos últimos 30 anos no Brasil. É o caso da governança educacional nos EUA, apresentada como modelo exitoso, principalmente por uma fração do empresariado brasileiro que tem assumido a renovação da racionalidade organizacional da escola pública em nosso país.[1] (mais…)

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Pochmann: O Brasil diante da decadência dos EUA

Modernidade do Norte global está em xeque. Novas oportunidades abrem-se ao comércio exterior brasileiro. Mas o desenvolvimento no século XXI exigirá superar a reprimarização e repensar o mundo que se abre em torno da Era Digital

por Marcio Pochmann, em Outras Palavras

O Brasil passa por uma significativa inflexão histórica que ilumina as escolhas nacionais em direção ao seu horizonte de futuro. O disparo da mudança de época nacional transcorreu com os sinais crescentes de esgotamento do projeto de modernidade ocidental liderado pelos Estados Unidos ao longo do século 20. (mais…)

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Por que tornou-se possível libertar Assange

Brasil, México e Austrália reivindicam sua libertação e somam peso diplomático à campanha, que até agora reunia ativistas. Ameaça dos EUA e Reino Unido ao jornalismo fica exposta. Luta precisa crescer, mas algo importante se moveu

Por Chris Hedges no Consortium News | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

“Como prisioneiro político, mantido para o prazer de Vossa Majestade em nome de um constrangido soberano estrangeiro, tenho a honra de residir entre os muros desta instituição de classe mundial. Na verdade, vosso reino não conhece fronteiras.”

Com essas palavras, a incômoda presença de um fantasma das masmorras do reino se fez sentir como uma gélida brisa em meio à coroação de Carlos III da Inglaterra, no último dia 6 de maio. O trecho citado é parte da carta endereçada por Julian Assange a Sua Majestade, naturalmente embebida em ironia, em que convida o rei a conhecer a prisão de Belmarsh, onde se encontra em solitária enquanto aguarda julgamento de um pedido de extradição dos EUA. Assange buscou em O mercador de Veneza as palavras do bardo de Stratford para sensibilizar o soberano que o mantém sob custódia: “A qualidade da misericórdia não é forçada. Ela cai como a chuva suave do céu sobre os baixios”. (mais…)

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Lula 3: não esqueçam quem é o inimigo

Ao posicionar o Brasil pela construção do mundo multipolar, Lula atiça o Império, que não hesitará em conspirar para derrubá-lo. A mídia já entendeu – e abre fogo contra ele. Cabe a nós defender seu mandato – e pressioná-lo criticamente à esquerda

por Maurício Abdalla*, em Outras Palavras

Lula, no cenário internacional, tem-se constituído peça determinante para uma possível mudança histórica, que, caso se concretize, será um marco decisivo para o futuro da geopolítica global e das relações internacionais: o enfraquecimento do poderio imperial dos EUA e o início da criação de um mundo multipolar. (mais…)

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