Nos EUA, presidente deve ouvir cobranças sobre desmatamento e garimpo

ClimaInfo

O desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia deve intensificar a pressão do governo dos Estados Unidos sobre o Brasil durante a Cúpula das Américas, programada para esta semana em Los Angeles. O presidente da República deve fazer seu primeiro encontro formal com o colega norte-americano Joe Biden, e aliados políticos do Palácio do Planalto ainda têm a esperança de que a conversa sirva para restabelecer as pontes entre Brasília e Washington. No entanto, como Valdo Cruz destacou no g1, o caso no Vale do Javari pode dificultar esse diálogo.

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O pacificador. Por Halley Margon

Terapia Política

Com a sutileza própria dos valentões do velho oeste o comandante da tropa finalmente decidiu cruzar o Atlântico para dar as caras no Velho Mundo. E que Versalhes que nada. Com a presença do chefe, a reunião foi onde deveria mesmo ser, no Forte Apache ou, modernamente, na sede da OTAN. Os coadjuvantes já haviam atuado, os servos desempenhado seu papel com toda a pose de protagonistas (que patético, que lamentável papel este destinado à social-democracia europeia…). Para isso o presidente Joe Biden aterrissou em Bruxelas semana passada. Era hora de dar uma volta a mais no parafuso. Em algum momento não muito distante e o Império terá realizado, assim crê e para isso atua com tenacidade, o que desde o fim da União Soviética é o seu mais ansiado sonho de consumo: a derrota definitiva do ex-adversário de Guerra Fria com a instalação no Kremlin de um governo dócil ao ocidente (um Alexei Navalny ou algum congênere).

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Torquemadas do pensamento. Por José Goulão

A confraria transeuropeia de polícias de opinião deu finalmente corpo à assustadora profecia de George Orwell e criou o Ministério da Verdade

Em AbrilAbril

Passam por estes dias 19 anos sobre a segunda invasão do Iraque pelos Estados Unidos e outras potências da NATO, mantendo-se ainda a ocupação militar estrangeira do país. Uma guerra limpa, admirável sobretudo quando é apreciada de uma varanda de hotel de Bagdade, lançada por gente com plena sanidade mental, sustentada por razões de uma verdade inquestionável, sem crianças mortas, sem civis bombardeados, sem destruição da maior parte das infraestruturas do país, sem tortura nem chacinas, sem roubos de recursos naturais, sem jornalistas bombardeados de helicópteros como se fossem alvos de um jogo de computador, com espectaculares, cirúrgicos e inofensivos fogos-de-artifício lançados por máquinas de autêntica ficção científica. Um deleite para orgulhosos chefes políticos, inebriados jornalistas esgotando os arsenais de adjectivos e embasbacados telespectadores agarrados aos ecrãs, sorvendo a mais recente superprodução de Hollywood. Solidários com as vítimas? Uns esparsos milhares.

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A OTAN no centro do conflito na Ucrânia. Por Luiz Marques

Terapia Política

“O que a história pode nos dizer sobre a sociedade contemporânea?” A pergunta é de Eric Hobsbawm. Até o século XVIII, “o passado era o modelo para o presente e o futuro. Daí o significado do velho, que representava sabedoria não apenas pela experiência, mas pela memória de como eram feitas as coisas, e de como deveriam ser feitas”, frisa o historiador em Sobre a História (Companhia das Letras). Um tradicionalismo normativo servia de bússola às gerações. Prevalecia a ideia do progresso contínuo. A Revolução Industrial (1830) provocou rupturas e, em Auguste Comte, a crença de que a Sociologia e a Biologia eram as disciplinas mais importantes para a compreensão da famosa “modernidade líquida”.

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Cheiro de pólvora na eleição de Bolsonaro

Site denuncia ligações de Jair e seus filhos com lobby armamentista e fundos bilionários dos EUA. História começou em 2012 e avança até hoje. Financiamento da campanha seria pago com facilitação da entrada de armas no Brasil

por Henrique Rodrigues na Revista Fórum

Um site editado por pesquisadores da área de Ciência Humanas dos EUA, o Seeing Red Nebraska, que aborda assuntos relacionados à política armamentista norte-americana e outros temas vinculados aos Direitos Humanos, publicou um artigo no qual apresenta as ligações da família Bolsonaro com associações de armas daquele país, tendo como fonte uma pesquisa que remonta tanto os anos anteriores à corrida presidencial brasileira de 2018 quanto o período do último pleito, para mostrar que a campanha que levou o líder radical ao Palácio do Planalto pode ter sido financiada pelo lobby da indústria bélica local e por um fundo de investidores de Boston, com quem o clã político de extrema direita manteve reuniões.

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As entranhas expostas de uma LavaJato global

Em livro devastador, executivo francês narra pressões políticas, policiais e judiciais que EUA exercem contra seus concorrentes. Relato evoca fatos ocorridos no Brasil e sugere: será preciso ação ousada (inclusive reestatizações) para reconstruir país

por Ladislau Dowbor*, em Outras Palavras

É raro um depoimento, por parte de um executivo de uma grande corporação multinacional, no caso a Alstom, gigante francês do nuclear, de energia e transportes, detalhar como funcionam o que chamamos curiosamente de “mercados”, e que na realidade envolve guerra entre os grandes grupos, com uso aparelhado do Judiciário, com envolvimento profundo dos governos, e um conjunto de comportamentos que raramente afloram na mídia ou nas pesquisas. Somente uma pessoa de dentro, e em nível elevado de responsabilidade, poderia escrever como funciona o capitalismo realmente existente

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