Para além dos muros de Coimbra, um manifesto desafia as academias a porem um fim aos assédios e ao extrativismo intelectual: “Todas Sabemos”

Tania Pacheco

Mais de 600 pessoas – a maioria de Portugal, mas também representando diversos outros países, como o Brasil – assinaram já o Manifesto indignado redigido por 21 mulheres, denunciando o negacionismo das academias ante casos de delinquência acadêmica.

Se a revolta que agora percorre meios de comunicação e de discussão de vários países teve como estopim o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e um de seus criadores, o teor do documento é preciso: diferentes formas de assédio e vergonhosos casos de “extrativismo intelectual” não estão restritos a Portugal. Bem perto de Coimbra, aliás, as autoras citam a impunidade garantida em 2022 a integrantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. E ressaltam: “Não  está em causa o mérito das importantes e progressistas linhas de investigação desenvolvidas no seio do CES”. Mas: “justamente pela inscrição num espaço ideológico e discursivo emancipatório, não se pode pactuar com a impunidade.” (mais…)

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