WikiFavelas: Saídas à cidade (e vidas) militarizadas

Dicionário Marielle Franco analisa políticas de Segurança do RJ e as disputas em torno do “fazer cidade”. Reflete como a milicianização impacta também as subjetividades coletivas. E as possíveis saídas, a partir das periferias, como a proposta “Desinvestimento das Polícias”

por Clara Polycarpo e Juliana Pinho, em Outras Palavras

A cada início de ano, para além dos planejamentos e metas individuais, é claro, passamos a nos orientar também a partir das expectativas e promessas dos novos (ou já velhos) governos para lidar com as questões que envolvem as particularidades – e diferentes necessidades – de cada território e sua população. No caso da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, Eduardo Paes foi reeleito prefeito e, diante dos aspectos principais de sua campanha, promete algumas mudanças nas formas de fazer a cidade de acordo com os seus interesses. Por exemplo, em um dos setores que mais afeta a população metropolitana, o setor de transportes, a prefeitura anunciou, desde pronto, o aumento das tarifas de ônibus para R$4,70, recorrendo, inclusive, a uma nova modalidade de inscrição, o cartão “Jaé!, que passará a ser obrigatório a partir de junho deste ano em todos os transportes municipais. No entanto, a obrigatoriedade se limita apenas ao município carioca, já que o “Jaé” não será aceito em linhas intermunicipais, tampouco nos metrôs, trens e barcas, que continuam a operar apenas com o Riocard, sistema de bilhetagem administrado pelos empresários de ônibus. (mais…)

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Movimentos sociais pressionam por julgamento de ADPF das Favelas em Brasília

Julgamento de ADPF das Favelas discute limites para letalidade policial

Por Guilherme Cavalcanti | Edição: Thiago Domenici, em Agência Pública

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta quarta-feira (13) ao julgamento sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635 (ADPF 635), conhecida como ADPF das Favelas. A ação, movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) em 2019 e deferida pela Corte em 2022, mira a adoção de medidas que possam frear e reverter políticas de segurança pública “historicamente pautadas no racismo e na violência contra territórios negros e favelados”. (mais…)

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As epistemologias colaborativas das periferias

WikiFavelas mostra: fervilham iniciativas de produção de conhecimentos e memórias nas quebradas. Resgate dos legados ancestrais é a tônica; assim o “nós por nós” para gerar dados locais e contextualizados. Mas, muitas vezes, Academia e Estado tentam deslegitimar-los

por Palloma Menezes, ​Gustavo Azevedo e Kharine Gil, Thaís Cruz, Hugo Oliveira e Caíque Azael, em Outras Palavras

Há um ano, o governo federal lançava o Mapa das Periferias, iniciativa que pretende reunir e visibilizar ações em diferentes favelas e periferias por todo o país. No início de 2024, o IBGE eliminou o termo aglomerados subnormais do conceito de favelas e comunidades para a produção do Censo e das demais pesquisas feitas pelo Instituto. Há poucas semanas, em São Paulo, foi criado pela Fapesp o Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA). (mais…)

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Eis o Manifesto das Periferias de São Paulo

Num documento construído coletivamente, e que reflete alta elaboração política, a visão de lideranças das quebradas sobre a permanência de relações coloniais na metrópole – e os caminhos para a busca de uma cidade do Comum

por 

O documento que Outras Palavras publica a seguir resulta de uma ação política quase subterrânea – mas de enorme potencial político. Nos últimos meses, lideranças dos movimentos que atuam nas periferias de São Paulo lançaram-se a uma articulação incomum. O objetivo: avançar na construção de um “sujeito social periférico” – autônomo, crítico e capaz de enfrentar a desigualdade e desumanização que marcam nossas cidades. (mais…)

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As lições de solidariedade que vêm da periferia

Favela não é sinônimo só de violações de direitos, mas de auto-organização política, mostra o Dicionário Marielle Franco. Mutirões, comunicação popular, desencarceramento… São territórios de vanguarda, mas muitas vezes apagados da história oficial

por Gizele Martins e Larissa Moura, em Outras Palavras

Desde a formação escolar, as histórias das verdadeiras heroínas são sistematicamente apagadas e substituídas por narrativas eurocêntricas. Foram as histórias e a luta de Dandaras, Zeferinas, Marias de Fátimas, Mães Bernadetes, Marielles e muitas outras que semearam as Anielles, Érikas, Sonias, Mônicas, Gizeles e Larissas de hoje. A promulgação da Lei nº 11.645 de 10/03/2008 marca o início de um esforço para reverter esse apagamento, mas ainda há muito a ser feito. (mais…)

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Periferias: o projeto-limpeza da ditadura

Dicionário Marielle Franco sugere: nos 60 anos do golpe, é preciso relembrar violações do regime nas favelas. Militarização do cotidiano e remoções eram políticas da alta cúpula; e não exceções. E ela temia as “subversivas” associações comunitárias

por Lucas Pedretti, em Outras Palavras

Presentes em todos os grandes centros urbanos do país, as favelas e periferias são parte da história do Brasil, bem como a luta constante de seus moradores e moradoras por direitos de cidadania. A estrutura racista e classista do Estado, desde o início da ocupação e da organização política das favelas, tem trabalhado para sua remoção – ou para sua criminalização, seja pelo apagamento ou pela marginalização. Isto ocorre porque estamos falando de um Brasil fundado em uma lógica colonial que ainda não se preocupou em reparar as populações que sobrevivem nesses territórios vulnerabilizados. Pelo contrário, a cada ano, governos municipais, estaduais e federais gastam montantes de recursos públicos para controlar de diversas formas a população favelada e periférica. (mais…)

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Fiocruz e MNU lançam documentário ‘Saúde Antirracista na Favela, é possível?’

Fiocruz

A Arena Dicró, espaço de lazer público e popular localizado na zona Norte do Rio de Janeiro, exibirá o documentário Saúde Antirracista na Favela, é possível? – uma produção conjunta da Fiocruz com o Movimento Negro Unificado (MNU) e outros nove coletivos populares do Estado do Rio de Janeiro. O lançamento ocorrerá no próximo domingo (28/1), das 10h às 13h, e tem entrada franca. Para o evento, foram convidadas autoridades da Secretaria Municipal de Saúde, os coletivos que participaram da criação do longametragem e pesquisadores da Fiocruz. (mais…)

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