Articulador da Cufa destaca que é preciso agir já, agora e para quem tem fome. A crise gerada pela pandemia é real e o atendimento não pode se arrastar na habitual morosidade estatal
Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line
Uma das marcas mais negativas do Brasil são as desigualdades, e diante da pandemia da covid-19 novas faces dessas desigualdades se manifestam. A doença entra no país pelas classes média e alta, mas é na periferia que morrem mais pessoas. Não obstante, a vida na favela definha diante do isolamento social que é necessário para frear o contágio. Sem nenhum apoio, o morador dessas zonas, que já vive com tão pouco, está entre os riscos da contaminação e a emergência de trazer comida para a mesa. “Estamos num mesmo mar, numa mesma tempestade, mas nem todo mundo está no mesmo barco. Alguns estão de jet ski, outros de lancha e muitos sequer com uma boia”, observa Preto Zezé, um dos articuladores da Central Única das Favelas, a Cufa. O grupo, que já vinha atuando nas periferias brasileiras, diante desse cenário de desespero teve de mudar o foco. “São situações emergenciais, é um naufrágio e nós estamos levando boias para que as pessoas não morram afogadas”, completa.
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