Por que é indispensável conhecer Sueli Carneiro

Lançada biografia de uma grande intelectual brasileira. Precursora do feminismo negro, inovou no exame do racismo e na luta contra ele. Filósofa, dialoga com Mbembe, Foucault, carnaval e candomblé. “Continuo preta”, orgulha-se

por Cult

Esta mulher é a minha fala
O meu segredo
Minha língua de poder
E meus mistérios.

Ana Paula Tavares, “A cabeça de Nefertiti”

À narração da trajetória de uma das fundadoras do feminismo negro no Brasil, sobrepõe-se a construção dos próprios movimentos negro e feminista no país. Com uma extensa pesquisa documental, escuta de depoimentos e 160 horas de conversas com Sueli, Bianca Santana alterna as recordações e a formação da filósofa e ativista com as mudanças na sociedade brasileira. A escrita da biografia, assim, coletiviza-se: através de uma fala de si, narra a trajetória de um coletivo.

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Silvia Federici: “Espero que esse momento impulsione uma forte mobilização de movimentos feministas”

Em entrevista à Pública, filósofa italiana fala sobre o acúmulo de trabalho para as mulheres durante a pandemia, a caça às bruxas realizada pela igreja e um novo feminismo que vê nascer

Por Andrea DiP, em Agência Pública

A filósofa, escritora e professora italiana Silvia Federici ficou conhecida no Brasil por seus livros “Calibã e a Bruxa”, “O Ponto Zero da Revolução” (Editora Elefante) e “Mulheres e Caça às Bruxas” (Editora Boitempo). Nascida na Itália e radicada nos Estados Unidos desde a década de 1960, Silvia lança agora um novo livro pela Boitempo, “O patriarcado do salário – notas sobre Marx, gênero e feminismo” que traz uma série de artigos sobre como o trabalho não remunerado das mulheres – como o doméstico e o de cuidados com a reprodução – teve e tem um papel importante na consolidação e na sustentação do sistema capitalista. Silvia também reivindica espaço para o que chama de “trabalho reprodutivo” nas pautas da esquerda como mostra esse trecho do livro: “De Lênin a Gramsci, toda a tradição da esquerda concordou com a ‘marginalidade’ do trabalho doméstico para a reprodução do capital e com a marginalidade da dona de casa para a luta revolucionária. Para a esquerda, na condição de donas de casa, as mulheres não sofrem por causa da evolução capitalista, mas pela ausência dela. Nosso problema, ao que parece, é que o capital não organizou nossas cozinhas e nossos quartos, o que gera uma dupla consequência: a de que nós aparentemente trabalhamos em um estágio pré-capitalista e a de que qualquer coisa que fazemos nesses espaços é irrelevante para a transformação social. Pela lógica, se o trabalho doméstico é externo ao capital, nossa luta nunca causará sua derrocada”.

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Vozes Feministas: Festival Internacional Anti-Imperialista

Neste sábado, 13 de março, a Jornada Internacional de Luta Anti-imperialista apresentará “Vozes Feministas: Festival Internacional Anti-imperialista”

Da Página do MST

Após um ano de uma pandemia devastadora e uma crise cada vez mais profunda, este festival será um momento de celebração de nossas lutas como mulheres e feministas de todos os cantos do mundo, com foco nas nossas conquistas e na esperança em nossa luta.

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Lélia Gonzalez: família lança acervo digital da obra e da trajetória da pensadora

Hypeness

Batizado como “Lélia Gonzalez Vive” um acervo digital da obra e da trajetória da pensadora mineira foi lançado com o objetivo de manter vivo e de popularizar o legado da ativista, antropóloga, professora, filósofa e uma das pioneiras a tratar sobre feminismo negro no Brasil a partir de uma perspectiva afro-latina-americana.

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Por um feminismo para os 99%: Boitempo promove debates internacionais e curso sobre feminismo negro

Curso “Introdução ao pensamento feminista negro” conta com seis aulas e explora as obras de autoras como Angela Davis, Audre Lorde, bell hooks, Michelle Alexander, Sueli Carneiro e Conceição Evaristo. Intitulado “Por um feminismo para os 99%”, o ciclo de debates conta com a participação de nomes como Judith Butler, Patricia Hill Collins, Preta Ferreira, Silvia Federici e Sonia Guajajara.

Blog da Boitempo

De 8 de março a 12 de abril de 2021, a Boitempo realiza o curso Introdução ao pensamento feminista negro e o ciclo de debates internacional Por um feminismo para os 99%. Viabilizada pela Lei Aldir Blanc, a programação conta com 24 pensadoras e ativistas de 5 nacionalidades diferentes. Todas as atividades são gratuitas e sem necessidade de inscrição prévia, inserindo-se no histórico de eventos internacionais promovidos pela editora ao longo de seus mais de 25 anos.

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A todas as mulheres habitantes das margens

Sob Bolsonaro, país continua em modo pesadelo, após virada do ano. Há viés patriarcal na tragédia: desmonte de serviços públicos visa também  redomesticar mundo feminino. Saídas estão entre as que, ameaçadas, resistem à subalternidade

por CFEMEA

Iniciamos a coluna Baderna Feminista deste ano em alerta, resistindo e denunciando a forma como o bolsonarismo segue operando uma necropolítica1 e seus impactos na vida de nós mulheres.

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