Agroecologia e Feminismo: vislumbre de outro futuro

Não se trata apenas de um conjunto de práticas agrícolas. Agroecologia pode ser a base para superar o patriarcado e a destruição da natureza. Em sua essência, o Cuidado e o trabalho de reprodução como centrais na economia

Por Janneke Bruil, Francois Delvaux, Assane Diouf, Rose Hogan, Jessica Milgroom, Paulo Petersen, Bruno Prado e Suzy Serneels, em Diálogos e Convergências entre a Agroecologia e Feminismo

Enfrentamos a mais crítica crise em nossa experiência planetária enquanto espécie. Crise que resulta da combinação entre o acelerado esgotamento dos recursos naturais e o aumento sem precedentes das desigualdades sociais, fenômenos articulados que representam as duas faces de um sistema econômico globalizado e globalizante. É hora de resgatar formas de organização da vida social baseadas em cosmovisões e valores distintos do pensamento econômico dominante. A Agroecologia e o Feminismo têm papeis essenciais a desempenhar nesse resgate.

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Para entender o Feminismo Decolonial

“Gênero” e “raça”, categorias eurocêntricas, serviram ao extermínio de sociedades africanas e indígenas. O feminismo contra-hegemônico busca desfragmentar o olhar sobre a sociedade — e resgatar as experiências de base comunitária

Por Susana de Castro, Revista Cult/Outras Palavras

Feminismo decolonial” nomeia uma corrente dos feminismos subalternos, contra-hegemônicos, que incluem também os feminismos pós-coloniais, negro, comunitário e indígena, cujas representantes, intelectuais não brancas, denunciam o racismo de gênero e a forma como a geopolítica do conhecimento silencia as vozes das intelectuais e dos intelectuais subalternos, isto é, todas as pessoas não brancas, indígenas, negras, chicanas, latinas, indianas, asiáticas, afrodescendentes, mestiças, imigrantes, e as vozes de sexualidade dissidente, pessoas transexuais, gays e lésbicas dos países periféricos do capitalismo (antes chamados de países do terceiro mundo, em desenvolvimento).

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Boitempo libera série completa com Silvia Federici no YouTube

Ao longo de cinco vídeos especiais para a TV Boitempo, a autora discute alguns dos principais temas de seu livro mais recente sobre feminismo marxista e caça às bruxas na atualidade.

No Blog da Boitempo

Já está disponível, na TV Boitempo, uma série especial sobre feminismo marxista e caça às bruxas hoje conduzida por ninguém menos que Silvia Federici! Ao longo de 5 vídeos legendados em português, a autora discute alguns dos principais temas de seu mais recente livro, Mulheres e caça às bruxas: da Idade Média aos dias atuais, em conversa com Artur Renzo e Heleni Andrade.

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Como o Estado violenta as meninas e mulheres

Apenas 42 hospitais realizam procedimento legal no Brasil, enquanto há 500 mil estupros por ano. Grupos religiosos propõem punitivismo — mas solucionar violência estruturante exigirá ensino de sexualidade e igualdade de gênero nas escolas

Por CFEMEA, em Outras Palavras

O caso de uma menina de 10 anos que engravidou em decorrência de estupro trouxe à tona mais uma vez o debate sobre o direito ao aborto e sobre o enfrentamento à violência sexual no Brasil. O contexto foi bastante cruel: violência sexual cometida no âmbito doméstico durante anos por um homem da própria família.

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Fundamentalismos: projeto contra a vida das mulheres

Grupos cristãos alcançaram as esferas mais altas de poder, e têm projeto político, de raízes coloniais, que destrói diversidade cultural e subjuga mulheres. Entidades feministas, indígenas e religiosos lançam campanha para enfrentá-los

por SOS Corpo

A cena de dezenas de pessoas ajoelhadas com terços na mão, rezando em frente à portaria principal do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM), na cidade de Recife no último domingo (16), e os gritos e atos violentos contra uma menina de 10 anos, que carregava em seu corpo infantil uma gravidez resultante de estupro, é tão repugnante quanto reveladora de como o fundamentalismo nos imputa a um projeto de nação sombrio. A cena daqueles homens e mulheres, fanáticos conservadores, evidencia que o fundamentalismo não é uma ideologia ou um discurso moral: é uma força política, econômica, cultural e religiosa com práticas de violência e discursos de ódio e crueldade que questionam a própria condição humana. Evidenciam a perversidade de um grupo político que manipula e usa da fé para disseminar ações institucionalizadas e discursos de ódio que sustentam o sistema patriarcal, capitalista e racista.

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Para conter bolsonarismo, dias mulheres virão

Corrente em que surfou presidente é antiga e tem raízes profundas: autoritarismo, machismo, concentração de terras, escravidão. Mas pandemia impulsionou debates sobre novos projetos — serão capazes de levantar uma nova onda de resistência?

Por SOS Corpo, na coluna Baderna Feminista, em Outras Palavras

Quem de nós, que lutamos por dias melhores, não tem ânsia de vômito ao ver a cara de Bolsonaro, bradando em altos palavrões, o seu descaso com as pessoas que morreram pela covid-19? É revoltante tudo isso que estamos vivendo. Então, porque Bolsonaro não cai? O que podemos fazer pra derrubá-lo? Partindo dessas inquietações, vamos discutir quem e o quê criou Bolsonaro, o que este modo de atuação do atual governo significa, e o que os movimentos sociais estão fazendo para mudar essa situação. Para nós, do movimento feminista, sempre é tempo de esperança. Daí nossa insistência: “dias mulheres virão”!

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“Temos que construir a utopia no dia a dia”, diz a boliviana Julieta Paredes

Em entrevista exclusiva à Pública, a ativista boliviana de origem indígena explica o que é feminismo comunitário e denuncia a violência do governo interino que assumiu o poder após a queda de Evo Morales

Por Giulia Afiune, Anna Beatriz Anjos, Agência Pública

Alguns minutos conversando com Julieta Paredes são suficientes para você olhar tudo por uma nova perspectiva, desde o conceito de feminismo até a história da América Latina.

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