Banco Central, juros e independência: o que diz a Constituição? Por Leda Maria Paulani

O que Lula vem reivindicando é a autoridade que lhe confere a Constituição e que ele, na prática, não detém

No A Terra é Redonda

Depois de ter escrito Brasil Delivery[1] 20 anos atrás, jamais imaginei que escreveria um artigo com o título deste. Eu argumentava ali que a política macroeconômica de Lula era mais realista que o rei, aprofundando os princípios neoliberais que haviam guiado o governo anterior, sobretudo aqueles que prevaleceram no segundo mandato de Fernando Henrique (depois do abandono do câmbio fixo e da adoção do regime de metas de inflação). (mais…)

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O esgotamento do fiscalismo à brasileira. Por Mônica de Bolle

Hoje é dia 4 de janeiro. Estamos no terceiro dia do novo governo. No terceiro dia já há gente dizendo que tudo está sendo feito de forma errada na economia, “apesar da herança de Bolsonaro”.

No Diap

Para quem tem o privilégio e, muitas vezes, o desprazer, de observar o Brasil de “longe”, os alardes soam absurdos. Como é possível estar tudo errado na economia no terceiro dia de governo? Como é possível fazer tais afirmações taxativas sem que existam outras intenções? (mais…)

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Piketty: um imposto global, por favor

Para economista francês, já chega de conversa fiada. Somente taxando em 80% a 90% riqueza dos mais ricos será possível transformar de fato o mundo, inclusive no combate ao aquecimento global. E isso é viável, tanto técnica como politicamente

Por Thomas Piketty, no Le Monde/Outras Palavras

Digamos com toda a franqueza: é impossível combater seriamente o aquecimento global sem uma profunda redistribuição da riqueza, tanto internamente a cada país quanto internacionalmente. Aqueles que afirmam o contrário estão mentindo para o mundo. E aqueles que afirmam que a redistribuição é certamente desejável, simpática, etc., mas que por infelicidade é técnica ou politicamente impossível, estão mentindo também. Eles fariam melhor defendendo o que acreditam (se é que ainda acreditam em alguma coisa) em vez de se perderem em uma atitude conservadora. (mais…)

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O financismo em estado bruto. Por Paulo Kliass

Uma entrevista revela o clima de catastrofismo (e ameaças) da banca. Após ascensão meteórica no Estado, economista do “mercado” mostra, entre a análise e o agouro, que rentismo fará de tudo para manter seus privilégios intocados

No Outras Palavras

A atualidade da questão das relações incestuosas existentes entre a alta tecnocracia do setor público e seus correspondentes no setor privado não é exatamente uma novidade para quem se interessa pelo tema em nossa História. As classes dominantes brasileiras sempre mantiveram um pé no interior do Estado, buscando tirar o maior proveito econômico e financeiro de tal capacidade de influência. Sim, nunca deixaram de atuar exatamente no interior deste ente que tanto criticam e desmoralizam, por ser supostamente corrupto, ineficiente e gigante. (mais…)

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