Contagem Regressiva: Série com quatro episódios relata violações de direitos na preparação para as Olimpíadas

Na Justiça Global

A Justiça Global e a Couro de Rato apresentam a série “Contagem Regressiva”, que relata as violações de direitos humanos que marcaram todo o processo de preparação da cidade para os Jogos Olímpicos. As remoções são o tema do primeiro episódio, um dos legados mais perversos deste período. Foi nos anos pré-olímpicos que o Rio de Janeiro conheceu a mais brutal política de remoções de sua história: mais de 20 mil famílias foram removidas desde 2009, ano do anúncio oficial da cidade sede. (mais…)

Ler Mais

“No Rio de Janeiro há uma banalização inadmissível da morte”

Defensor público do Rio questiona o legado social da Olimpíada

Por Maíra Martín, no El País Brasil

O terno preto do defensor público Fábio Amado (Rio de Janeiro, 1978) está impecável e seu escritório, com sofás de couro e poltrona massageadora, poderia ser o de um executivo de uma multinacional. É sua face institucional. Embora ele repita expressões distantes do linguajar popular, ao sair do prédio da Defensoria Pública do Rio, Amado gasta seus sapatos percorrendo as ruas das comunidades do Complexo do Alemão ou Vila Autódromo onde, conforme ele denuncia, repetem-se abusos do Estado contra seus moradores. Coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio desde janeiro de 2015, Amado cuida da assistência dos refugiados, ilegalidades em presídios, e até, uma das suas áreas mais relevantes, a negociação de indenizações e o acompanhamento judicial de familiares vítimas da violência do Estado. De todos os casos que ele viu até hoje, em 14 anos como defensor, a imagem do carro da chacina de Costa Barros, onde cinco jovens foram fuzilados pela polícia com mais de 100 disparos, não sai da sua cabeça. “Não é preciso ser perito, não é necessário ter qualquer conhecimento jurídico, para visualizar esse carro e saber que algo está errado”, diz. (mais…)

Ler Mais

Operação policial financiada por empresários cariocas mira moradores de rua

Patrulhamento é pago pela Federação do Comércio, que escolheu os bairros a serem atendidos, no Rio de Janeiro. “Você sabe, como em qualquer lugar do mundo, quem financia escolhe”, diz secretário do governo

por Anne Vigna, A Pública

Desde o dia 1º de dezembro de 2015, a Operação Segurança Presente garante patrulhamento policial em bairros nas zonas sul e norte do Rio de Janeiro. No Aterro do Flamengo, na lagoa Rodrigo de Freitas e no Méier, cerca de 400 agentes fazem dois turnos, até as 10 da noite. Nos coletes amarelo, verde e laranja – uma cor para cada bairro –, trazem lado a lado as logomarcas do Governo do Estado e da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). (mais…)

Ler Mais