Hoje, segunda-feira (06/12), às 19 horas (Horário de Brasília), ocorrerá, a atividade de encerramento do curso de extensão Massacres no campo na Nova República: crime e impunidade – 1985-2019. A ação é resultado do IPDMS em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Universidade de Brasília (UnB).
(mais…)latifúndio
Dinastias políticas potiguares se perpetuam no estado e no Planalto
Ao longo de cinco anos, De Olho nos Ruralistas mostrou os três clãs que controlam o poder no Rio Grande do Norte; em destaque, a face ruralista do ministro das Comunicações, Fábio Faria, genro de Silvio Santos; latifundiários são também coronéis midiáticos
Por Nanci Pittelkow, em De Olho nos Ruralistas
Os Rosado estão com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os Maia, que estão entre partidos aliados do governo federal, hesitam em apoiar o presidente por causa de uma aliança com a governadora Fátima Bezerra (PT). Os Alves votam com o governo federal, mas se encontram com o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Mais uma vez, a política potiguar gira em torno das grandes famílias e seu vai-e-vem de alianças de interesses circunstanciais, como o De Olho nos Ruralistas mostrou nas eleições de 2018: “No RN, bancada ruralista tenta se ‘renovar’ a partir das mesmas três famílias”.
(mais…)Latifúndio: arma mortífera de exploração? Por Gilvander Moreira*
A reflexão estimula o sem-terra, o sem-teto, o atingido pela mineração devastadora, o negro, a pessoa vítima da homofobia e todas as pessoas exploradas e/ou discriminadas a descobrir-se como oprimido, superexpropriado pelo capital nas suas relações sociais no campo e na cidade, mas também como ser com potencial para ser mais. No entanto, a reflexão precisar ser feita em sintonia com o processo existencial de opressão vivenciado pelos sem-terra, pelos sem-teto e todos os outros oprimidos e explorados. Mais do que “convivência” com o regime opressor, trata-se se subserviência, de servidão consentida e assimilada. O pedagogo Paulo Freire reconhece que não basta a reflexão, mas é necessário ação; alerta, porém, que seja ação e reflexão, isto é, práxis, que não é apenas ação, mas atuação dentro das condições materiais objetivas, pensada a partir das contradições de classe e de todas as outras facetas de opressão que se abatem sobre os sem-terra, os sem-teto e sobre toda a classe camponesa e a classe trabalhadora. “Ação e reflexão, como unidade que não deve ser dicotomizada. […] Ação junto aos oprimidos tem de ser, no fundo, “ação cultural” para a liberdade, por isto mesmo, ação com eles” (FREIRE, 2005, p. 60), jamais sobre, para ou por eles.
(mais…)Organizações pedem que governo baiano revogue autorização ilegal para desmatamento de 24.732 hectares de vegetação nativa no oeste
Por Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, na CPT
Cinquenta e seis organizações da sociedade civil enviaram, na última quarta-feira (1/9), uma carta aberta ao Governador do Estado da Bahia, à Secretaria de Meio Ambiente e à Coordenação de Desenvolvimento Agrário exigindo a revogação da Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) de 24.732 hectares de vegetação nativa, requerida pela empresa Delfin Rio S/A Crédito Imobiliário para o “Condomínio Cachoeira do Estrondo”, no município de Formosa do Rio Preto (BA). O caso figura como uma das maiores supressões em curso no Brasil. Conforme imagens obtidas da Plataforma MapBiomas, até o dia 17 de agosto já haviam sido desmatados cerca de 3 mil hectares.
(mais…)O processo de formação de latifúndios e a transferência do patrimônio público para o privado. Entrevista especial com Rafael da Silva Rocha
Segundo o procurador da República no Amazonas, “desmatamento e invasão de terras públicas é coisa de gente grande, de pessoas que investem grandes somas de dinheiro nisso e esperam retorno financeiro, que se dá frente à posse e depois à propriedade da terra”
Por: Patricia Fachin, em IHU
A aprovação do Projeto de Lei – PL 2.633 na Câmara dos Deputados, que anistia a grilagem de terras no Brasil com a justificativa de fazer regularização fundiária, passa uma mensagem equivocada para quem está no campo, diz Rafael da Silva Rocha, em entrevista concedida via Zoom ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. “Temos hoje uma legislação que é clara acerca dessa matéria, mas carece de implementação: se existe uma ocupação anterior a 2008 e inferior a 2500 hectares, que são os limites temporais e espaciais, a pessoa pode pleitear uma regularização. Isso é o que determina a legislação. Agora, quando sucessivamente se altera o marco temporal e espacial e, consequentemente, se cria uma grande expectativa de que ocupações que hoje são irregulares poderão ser regularizadas no futuro, se passa uma mensagem de incentivo a novas invasões, ao mesmo tempo que assistimos a um verdadeiro desmonte da política ambiental e dos órgãos de fiscalização”, menciona.
(mais…)Ratinho, o Fazendeiro (IV) — Apresentador diz que suas terras no Acre têm 149.500 hectares
Em resposta a reportagens do De Olho nos Ruralistas, Grupo Massa diz que preservará floresta e trabalhará com créditos de carbono; em outra ocasião ele chegou a falar em 200 mil hectares, 1/3 da Palestina; povos indígenas criticam o latifúndio e seus impactos
Por Mariana Franco Ramos, no De Olho nos Ruralistas
Três dias após o início da publicação de reportagens sobre seu império agrário, o Grupo Massa emitiu uma nota relativa às terras no Acre, tema do segundo texto da série. A empresa pertencente ao apresentador Carlos Massa, o Ratinho, informou que a área total na Amazônia é de 149.400 hectares, e não 175.300 hectares. E que as terras estão “documentadas e regularizadas pelos órgãos ambientais há mais de vinte anos”.
(mais…)“A melhor forma de enfrentar a violência do latifúndio é lutando pela democratização da terra”
Em entrevista, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, destacou o papel da luta enfrentamento à impunidade no campo
Por Gustavo Marinho, na Página do MST
15 anos após o assassinato de Jaelson Melquíades, dirigente Sem Terra em Alagoas, trabalhadores e trabalhadoras rurais seguem cobrando justiça e denunciando a violência no campo alagoano.
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