Dinastias políticas potiguares se perpetuam no estado e no Planalto

Ao longo de cinco anos, De Olho nos Ruralistas mostrou os três clãs que controlam o poder no Rio Grande do Norte; em destaque, a face ruralista do ministro das Comunicações, Fábio Faria, genro de Silvio Santos; latifundiários são também coronéis midiáticos

Por Nanci Pittelkow, em De Olho nos Ruralistas

Os Rosado estão com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os Maia, que estão entre partidos aliados do governo federal, hesitam em apoiar o presidente por causa de uma aliança com a governadora Fátima Bezerra (PT). Os Alves votam com o governo federal, mas se encontram com o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Mais uma vez, a política potiguar gira em torno das grandes famílias e seu vai-e-vem de alianças de interesses circunstanciais, como o De Olho nos Ruralistas mostrou nas eleições de 2018: “No RN, bancada ruralista tenta se ‘renovar’ a partir das mesmas três famílias”.

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Latifúndio: arma mortífera de exploração? Por Gilvander Moreira*

A reflexão estimula o sem-terra, o sem-teto, o atingido pela mineração devastadora, o negro, a pessoa vítima da homofobia e todas as pessoas exploradas e/ou discriminadas a descobrir-se como oprimido, superexpropriado pelo capital nas suas relações sociais no campo e na cidade, mas também como ser com potencial para ser mais. No entanto, a reflexão precisar ser feita em sintonia com o processo existencial de opressão vivenciado pelos sem-terra, pelos sem-teto e todos os outros oprimidos e explorados. Mais do que “convivência” com o regime opressor, trata-se se subserviência, de servidão consentida e assimilada. O pedagogo Paulo Freire reconhece que não basta a reflexão, mas é necessário ação; alerta, porém, que seja ação e reflexão, isto é, práxis, que não é apenas ação, mas atuação dentro das condições materiais objetivas, pensada a partir das contradições de classe e de todas as outras facetas de opressão que se abatem sobre os sem-terra, os sem-teto e sobre toda a classe camponesa e a classe trabalhadora. “Ação e reflexão, como unidade que não deve ser dicotomizada. […] Ação junto aos oprimidos tem de ser, no fundo, “ação cultural” para a liberdade, por isto mesmo, ação com eles” (FREIRE, 2005, p. 60), jamais sobrepara ou por eles.

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Organizações pedem que governo baiano revogue autorização ilegal para desmatamento de 24.732 hectares de vegetação nativa no oeste

Por Campanha Nacional em Defesa do Cerrado, na CPT

Cinquenta e seis organizações da sociedade civil enviaram, na última quarta-feira (1/9), uma carta aberta ao Governador do Estado da Bahia, à Secretaria de Meio Ambiente e à Coordenação de Desenvolvimento Agrário exigindo a revogação da Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) de 24.732 hectares de vegetação nativa, requerida pela empresa Delfin Rio S/A Crédito Imobiliário para o “Condomínio Cachoeira do Estrondo”, no município de Formosa do Rio Preto (BA). O caso figura como uma das maiores supressões em curso no Brasil. Conforme imagens obtidas da Plataforma MapBiomas, até o dia 17 de agosto já haviam sido desmatados cerca de 3 mil hectares.

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O processo de formação de latifúndios e a transferência do patrimônio público para o privado. Entrevista especial com Rafael da Silva Rocha

Segundo o procurador da República no Amazonas, “desmatamento e invasão de terras públicas é coisa de gente grande, de pessoas que investem grandes somas de dinheiro nisso e esperam retorno financeiro, que se dá frente à posse e depois à propriedade da terra”

Por: Patricia Fachin, em IHU

A aprovação do Projeto de Lei – PL 2.633 na Câmara dos Deputados, que anistia a grilagem de terras no Brasil com a justificativa de fazer regularização fundiária, passa uma mensagem equivocada para quem está no campo, diz Rafael da Silva Rocha, em entrevista concedida via Zoom ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. “Temos hoje uma legislação que é clara acerca dessa matéria, mas carece de implementação: se existe uma ocupação anterior a 2008 e inferior a 2500 hectares, que são os limites temporais e espaciais, a pessoa pode pleitear uma regularização. Isso é o que determina a legislação. Agora, quando sucessivamente se altera o marco temporal e espacial e, consequentemente, se cria uma grande expectativa de que ocupações que hoje são irregulares poderão ser regularizadas no futuro, se passa uma mensagem de incentivo a novas invasões, ao mesmo tempo que assistimos a um verdadeiro desmonte da política ambiental e dos órgãos de fiscalização”, menciona.

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Ratinho, o Fazendeiro (IV) — Apresentador diz que suas terras no Acre têm 149.500 hectares

Em resposta a reportagens do De Olho nos Ruralistas, Grupo Massa diz que preservará floresta e trabalhará com créditos de carbono; em outra ocasião ele chegou a falar em 200 mil hectares, 1/3 da Palestina; povos indígenas criticam o latifúndio e seus impactos 

Por Mariana Franco Ramos, no De Olho nos Ruralistas

Três dias após o início da publicação de reportagens sobre seu império agrário, o Grupo Massa emitiu uma nota relativa às terras no Acre, tema do segundo texto da série. A empresa pertencente ao apresentador Carlos Massa, o Ratinho, informou que a área total na Amazônia é de 149.400 hectares, e não 175.300 hectares. E que as terras estão “documentadas e regularizadas pelos órgãos ambientais há mais de vinte anos”.

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“A melhor forma de enfrentar a violência do latifúndio é lutando pela democratização da terra”

Em entrevista, Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, destacou o papel da luta enfrentamento à impunidade no campo

Por Gustavo Marinho, na Página do MST

15 anos após o assassinato de Jaelson Melquíades, dirigente Sem Terra em Alagoas, trabalhadores e trabalhadoras rurais seguem cobrando justiça e denunciando a violência no campo alagoano.

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