Por uma greve internacional militante no 8 de março

A ideia é mobilizar mulheres, incluindo mulheres trans, e todos os que as apoiam num dia internacional de luta – um dia de greves, marchas e bloqueios de estradas, pontes e praças; abstenção do trabalho doméstico, de cuidados e sexual; boicote e denúncia de políticos e empresas misóginas, greves em instituições educacionais

Blog da Boitempo

Um conjunto de intelectuais e ativistas feministas sediadas nos EUA acaba de publicar um chamado para uma greve geral internacional das mulheres neste próximo 8 de março. O texto, assinado por Angela Davis Nancy Fraser, entre outras, defende que as marchas das mulheres contra Trump, realizadas no último 21 de janeiro em diversas cidades, podem marcar o início de uma nova onda de luta feminista militante, mas propõe um urgente acerto de contas com o “feminismo empresarial” hegemônico e seus limites para construir em seu lugar “um feminismo para os 99%, um feminismo de base, anticapitalista; um feminismo solidário com as trabalhadoras, suas famílias e aliados em todo o mundo.” O primeiro passo neste processo seria a greve internacional convocada para este 8 de março. (mais…)

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MPL e o eterno 2013

Movimento nega que tenha cooperado com queda de Dilma, expõe polêmicas com Haddad e anuncia que não fará mais protestos enquanto tarifa em SP não estiver definida

Por Igor Carvalho – Outras Palavras

No último dia 12 de janeiro, como acontece desde 2006 toda vez que há um aumento das tarifas de transporte público em São Paulo, o Movimento Passe Livre (MPL) saiu às ruas. Protagonista de um dos maiores levantes populares da história brasileira, o movimento convive, e deverá conviver ainda por muitos anos, com o fantasma do junho de 2013. (mais…)

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Infiltrado do Exército que espionava manifestantes anti-Temer em SP mirou MTST, Mídia NINJA e outros movimentos sociais

Capitão das Forças Armadas também atuou em grupos organizados, monitorou atividades políticas e assediou militantes por meses antes de ser descoberto

Por Mídia Ninja

Na última semana, as redes sociais e a mídia corporativa foram inundadas por matérias desmascarando a infiltração de um agente das Forças Armadas em grupos de manifestantes em São Paulo. Disfarçado de “Balta Nunes”, o capitão Willian Pina Botelho teria passado informações que levaram à prisão de 21 jovens utilizando como justificativa flagrantes forjados, como uma barra de ferro, antes mesmo de começar a manifestação do último dia 4, que levou mais de 100 mil às ruas da capital paulista. (mais…)

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“A cara dos policiais quando viram o que tínhamos com a gente é impagável”

Depoimento de um dos 21 jovens presos pela PM durante a manifestação contra o governo Temer no último dia 4, em São Paulo

Por Filipe Faria,

Na manhã da sexta-feira fui acordado por uma mensagem de uma amiga minha que tem trabalhado muito na luta social por meio do estudo da história da habitação social no Brasil. A mensagem continha o link do editorial da Folha de São Paulo. Fiquei puto. “Chamando a gente de fascista?” Não foi só isso, foi uma súmula de expressões até que engraçadas: “anarcoide”, “soldados da arruaça”, “grupelhos extremistas”. Porra, gente letrada que consegue dizer uma sopa de chorume pela escrita é um caso pra ser repreendido de uma maneira bem enfática. (mais…)

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“Mandaram eu abrir a mão, botaram pó na minha mão, me forçando a cheirar”, revela Rafael Braga

Em última audiência, o ex-catador de latas Rafael Braga, único preso no contexto das manifestações de junho de 2013, afirma que os PMs tentaram forçá-lo a cheirar cocaína

por , na Ponte Jornalismo

Na terceira e última audiência de instrução e julgamento do ex-catador de latas Rafael Braga Vieira, 28 anos, realizada nesta terça-feira (07/06) no TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), o jovem contou, durante o interrogatório, que os policiais militares que o prenderam tentaram forçá-lo a cheirar cocaína dentro da viatura, no trajeto para a delegacia onde a ocorrência foi registrada, em janeiro, além de reafirmar a versão contada na ocasião. (mais…)

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OCUPAÇÃO: uma carta de São Paulo

por Manuel Bivar e Miguel Carmo – Buala

A meio do mês do maio, umas quatro horas da manhã, um grupo de secundaristas é expulso do ocupado Colégio Estadual de Cavalcanti e caminha de noite e à chuva, durante horas, em direção à ocupação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). São 36 moças e moços que entram na cidade universitária descendo um barranco, onde são acolhidos com espanto por alguns estudantes. “Não é terrorista, é secunda!”, recorda um deles sorrindo. Ali é-lhes entregue uma sala. “Os secundaristas são nossa inspiração.” Frase que se repete em bocas muito diferentes, desde que no final de 2015 a região de São Paulo assistiu a um movimento de ocupação de escolas secundárias e técnicas que teve no seu ápice mais de 200 escolas ocupadas. Espécie de surto que tem contado em vários momentos com a colaboração dos movimentos de sem teto e o apoio de muita gente. Uma semana depois, num debate organizado pelo movimento negro no interior da Funarte ocupada em São Paulo, equipamento do Ministério da Cultura (MinC), uma mulher negra toma a palavra: “Foi preciso chegar a velha para endoidecer, fui no cerco à casa do Temer, junto dessas 30 mil pessoas, e depois da PM [Polícia Militar] atacar caminhei, caminhei pela cidade até Ipiranga.” (mais…)

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