A crise política e o balanço da devastação. Entrevista especial com Idelber Avelar

“O que importa aqui não é a inexistência de um arcabouço jurídico no qual essa proposta [de novas eleições gerais] possa ser levada a cabo. (…) Não é uma ideia que vá tirar o Brasil da crise, mas é uma mobilização mais arejada, criativa e corajosa do que o impeachment que nos entrega um governo peemedebista-tucano ou o simples ‘espere até 2018’ com o qual o governismo tenta debelar a crise”, avalia o pesquisador

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

“O primeiro a se fazer é um balanço da devastação”, pondera Idelber Avelar na entrevista a seguir concedida à IHU On-Line por e-mail, ao comentar a atual crise política brasileira e avaliar que “nenhuma das propostas que há sobre a mesa vai tirar o Brasil da crise com um passe de mágica”. (mais…)

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Estudantes denunciam à OEA repressão da polícia de SP em manifestações de 2015

Da Agência Brasil*

Estudantes secundaristas da rede pública do estado de São Paulo denunciaram ontem (7) à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) a repressão policial nos protestos feitos pelos alunos contra a reorganização escolar no estado, no fim de 2015.

No documento entregue à CIDH, os estudantes acusam a Polícia Militar da prática de ameaças, intimidação verbal, agressões, uso abusivo de armamento menos letal e detenções arbitrárias. (mais…)

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Mídia internacional vê protesto “mais velho, mais branco e mais rico” do que os de 2013

Daniel Buarque
Do UOL, em São Paulo

As manifestações contra o governo Dilma que reuniram cerca de 2 milhõespessoas pelo Brasil no último domingo ganharam a atenção da imprensa internacional, que acompanhou de perto os acontecimentos, com publicação de notícias quase em tempo real. Apesar de a cobertura inicial estar mais presa aos fatos, sem que haja ainda muita análise sobre os impactos dos protestos, foi possível perceber que boa parte da mídia estrangeira assumiu uma postura crítica, comparando os protestos com os de junho de 2013 e percebendo uma feição mais elitista da ida às ruas mais recente. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, os protestos reuniram pessoas “mais velhas, mais brancas e mais ricas” do que em 2013. (mais…)

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Do alto do morro, outra visão dos protestos

Moradores de comunidade em Copacabana não escondem ponta de decepção com governo e medo da atual crise. Mas ainda são poucos os que veem motivo para descer e se juntar às manifestações contra Dilma

Renata Malkes – DW

Apenas 500 metros separam a rua Saint Roman, principal acesso à comunidade do Pavão-Pavãozinho, da praia de Copacabana. Mas, mesmo diante de um futuro de incertezas, foi lá do alto do morro, de onde se tem uma vista privilegiada do mar, que a maioria dos moradores acompanhou a manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no último domingo (13/03). (mais…)

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As manifestações e o Brasil

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

O dia 13 mobilizou mais de dois milhões de pessoas que foram às ruas protestar contra o PT, contra Dilma, contra o Lula e contra a corrupção. A maior concentração obviamente foi em São Paulo, centro financeiro e político do país. E nas ruas estavam gentes de todo tipo, ricos, classe média e pobres. A organização das atividades foi da direita brasileira, claramente identificada, mas não faltaram pessoas que sempre estiveram à esquerda e que hoje querem ver a derrubada do PT do poder, justamente porque o PT deixou de ser esquerda há muito tempo. Foi, portanto, uma gama bem grande de descontentamento que se expressou nas caminhadas realizadas em quase todo o território nacional. (mais…)

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Ocupação das ruas para lazer começou com protestos de 2013, diz professor

Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil

A ocupação das ruas e espaços comuns das cidades, em efervescência em São Paulo e outras cidades do país, é fruto das manifestações de 2013, disse o coordenador do Núcleo de Antropologia Urbana da Universidade de São Paulo, José Guilherme Magnani. “Eu acho que as manifestações de 2013 abriram um espaço que agora se mostra de outras maneiras”, ressaltou Magnani, ao falar de como os atos políticos foram o catalizador da busca das ruas como espaço de convivência.

“Você pode usar [a rua] tanto para o lazer, quanto para a manifestação da sua diferença e, em geral, essas manifestações políticas também têm um conteúdo de lazer. Porque é um encontro, uma coisa meio festiva. Há uma espécie de apropriação do espaço, que é marcar a diferença. Quando você vai para a rua de lazer você encontra o diferente, mas troca com ele. Há possibilidade de confronto, muitas vezes. É um pouco a mesma coisa, em uma escala diferente”, analisou. (mais…)

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