Militares teriam levado presos políticos para matar no Araguaia

Com base em cruzamento de documentos com informações de filhos de agentes da repressão, pesquisadora vê evidências de que militantes foram transportados e mortos na região em 1974

Por Vasconcelo Quadros, Agência Pública

Pesquisadora do período da ditadura, a jornalista Myrian Luiz Alves descobriu pistas que podem acrescentar um capítulo escabroso sobre o extermínio da Guerrilha do Araguaia pelo regime militar: desaparecidos políticos que integravam organizações armadas urbanas teriam sido levados clandestinamente para a região e executados juntos com os militantes do PCdoB em 1974. 

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As novas batalhas em Canudos 125 anos depois do massacre incitado por fake news

À espera da inclusão digital, população sertaneja conta como tenta se defender de outras violências como exclusão e desinformação

Por Luiz Claudio Ferreira, Agência Pública

Na paisagem sertaneja de Canudos (BA), a 400 quilômetros de Salvador, a história de dor, exclusão e resistência atravessa uma estrada de solavancos que liga o passado ao presente. Hoje, há outros espinhos nas cercas sertanejas de Canudos, como é a pandemia, a falta de informação, a internet rara e falha e as mentiras que chegam pelo celular. “Existem outras guerras que a cidade enfrenta. Dos 5.565 municípios brasileiros, Canudos está no 5.502º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, diz o professor e pesquisador Luiz Paulo Neiva, diretor do campus avançado na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). 

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Em vez de acatar sentenças, Estado brasileiro adotou ‘revisionismo histórico’ e negacionismo sobre a ditadura

Com críticas de familiares das vítimas, Corte Interamericana analisa se o país cumpriu sentenças nos casos Araguaia e Herzog. Comissão aponta vários retrocessos

Por Vitor Nuzzi, da RBA

O Estado brasileiro não só “desacatou” sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) relativas à ditadura, como passou a adotar um discurso de “revisionismo histórico” e negacionismo em relação ao tema. As afirmações foram feitas por vítimas e seus representantes, durante audiência pública convocada pela Corte nesta quinta-feira (24).

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MPF obtém sentença histórica contra ex-agente da repressão por crime político na ditadura

Carlos Alberto Augusto é o primeiro réu a ser condenado na esfera penal por atuar na perseguição a opositores do regime militar

Ministério Público Federal em São Paulo

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a primeira condenação penal contra um ex-agente da ditadura militar por crimes políticos cometidos no período. O delegado aposentado Carlos Alberto Augusto, que atuava no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP), foi sentenciado em primeira instância a 2 anos e 11 meses de prisão, em regime inicial semiaberto. Ele participou do sequestro do ex-fuzileiro naval Edgar de Aquino Duarte, desaparecido desde 1971. Augusto poderá recorrer da decisão em liberdade.

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MPF denuncia ex-agente do Deops por homicídio qualificado durante a ditadura

Na Revista Consultor Jurídico

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra Carlos Alberto Augusto, conhecido como “Carlinhos Metralha”, por crimes cometidos durante a ditadura (1964-1985). Na época, era integrante da equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops) e participou das intensas sessões de tortura que levaram à morte o militante de esquerda Devanir José de Carvalho, em abril de 1971.

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“Um país que não tem memória não tem futuro”: trabalhadores da cultura relatam em comissão da Câmara dos Deputados a situação do setor na pandemia

A apresentação foi feita na Comissão de Legislação Participativa (CLP), presidida pelo deputado Waldenor Pereira (PT/BA).  Na pauta, desemprego, Ancine e recursos do Fundo do Audiovisual.

Pedro Calvi / CLP

Sônia Santana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal (Sindcine), detalhou os problemas de demandas da área. Estima-se que o setor gera 300 mil empregos diretos e indiretos.

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A desconhecida ação judicial com que Luiz Gama libertou 217 escravizados no século 19

Por Leandro Machado, na BBC News Brasil

Em um dia do mês junho de 1869, uma nota no jornal chamou a atenção de Luiz Gama, advogado considerado um herói nacional por seu ativismo abolicionista no século 19. A notícia relatava que a família do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Netto, um dos homens mais ricos do Império, estava brigando na Justiça pelo espólio do patriarca, morto repentinamente em Portugal.

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