Nota da Oxfam Brasil sobre o fim do Bolsa Família

A extinção de um dos mais bem sucedidos programas sociais de transferência de renda do Brasil e do mundo gera insegurança e incerteza para milhões de pessoas no país.

Em meio a uma das maiores crises sanitárias e econômicas que o Brasil já viveu, que tirou a vida de mais de 600 mil pessoas, produziu mais de 13 milhões de desempregados e deixou quase 20 milhões de pessoas sem ter o que comer, milhões de brasileiros e brasileiras agora ficarão também sem um dos poucos instrumentos de proteção social a que ainda têm direito, o Bolsa Família. O programa, criado em 2003 e que atende mais de 14 milhões de pessoas, e que é referência de sucesso, pagará a última parcela nesta sexta-feira (29/10), após ser extinto pela Medida Provisória 1.061, editada pelo governo federal para a criação de outro programa, o Auxílio Brasil.

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Fome: “No Brasil não falta comida, falta dinheiro para comprar alimentos”, diz José Graziano

Ex-diretor da FAO, Graziano fala sobre os 18 anos do Bolsa Família e do desmonte de políticas públicas de Bolsonaro

Por José Eduardo Bernardes, no Brasil de Fato

A insegurança alimentar, seja leve ou grave, causada pela falta de alimentos nutritivos, ou mesmo a falta de qualquer alimento já atinge 116,8 milhões de brasileiros, em um contexto em que a inflação que já alcança os dois dígitos (10,25%) e um aumento ainda maior nos preços dos alimentos, de mais de 30%.

Para José Graziano, ex-diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), “o problema do Brasil não é falta comida”.

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‘Saga’ de desempregada de 62 anos por carne acaba com 3 quilos de carcaça e pele por R$ 12

Um quilo de linguiça por R$ 18. Peito de frango por R$ 15,99, pé a R$ 7,99 e pescoço, R$ 5,29. A passadeira Lindinalva Maria da Silva Nascimento, de 62 anos, olha todas as opções na vitrine do açougue, mas todas são muito caras para os R$ 20 que ela tem para comprar carne para ela, o marido, um filho e dois netos comerem durante uma semana.

por Felipe Souza, em BBC News Brasil

A BBC News Brasil a acompanhou em quatro açougues no Itaim Paulista, bairro do extremo leste de São Paulo, onde ela mora. Depois de quase duas horas, ela encontrou a única proteína animal que conseguiu comprar com R$ 12 para a família: 3 kg de carcaças e peles de frango.

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Brasil tem 34,4% dos trabalhadores vivendo com até um salário mínimo

Nunca tantos brasileiros viveram com uma remuneração que equivale ao piso nacional ou menos: 30,2 milhões de pessoas

Por Redação RBA

São Paulo – O Brasil tem hoje um número recorde de 30,2 milhões de trabalhadores remunerados com até um salário mínimo (R$ 1,1 mil) por mês, o que equivale a 34,4% do total ocupado o país, percentual que também é o mais alto já apurado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2012.

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Brasil com fome: pandemia e desmonte do Estado agravam drama dos trabalhadores

Com desemprego e preços dos alimentos nas alturas, necessidades da população são cada vez mais básicas

Pedro Stropasolas e Daniel Giovanaz, no Brasil de Fato

“Ou pago o aluguel, ou faço alguma coisa em relação à alimentação das crianças. Eu vou na feira, cato, peço, porque não tem como.”

O relato de Jaqueline Lima Félix, de 22 anos, sintetiza o desespero de milhões de famílias em meio à pandemia de covid-19.

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Em Gálatas, Opção pelos Pobres e “Escravidão, Não!” Por Gilvander Moreira*

Na Carta aos Gálatas, livro do jubileu de ouro do mês da Bíblia – setembro – em 2021, o apóstolo Paulo busca manter a unidade entre as primeiras comunidades cristãs em uma imensa diversidade, mas assevera que a Opção pelos Pobres é inegociável. “Não esqueçam os pobres!” (Gl 2,10), Paulo chega a colocar na boca dos chefes da igreja de Jerusalém. Esses “pobres” eram concretamente os “irmãos” da Judeia que viviam em uma pobreza extrema, reinava a fome. Na comunidade cristã de Jerusalém, quando a distribuição se tornou maior do que a entrada ou a produção de recursos, chegou uma hora em que os bens acabaram e a fome se generalizou. Sem produção suficiente, não se pode consumir e/ou distribuir. Em contexto de aumento da pobreza e de muita gente passando fome, sob a liderança do apóstolo Paulo e Barnabé, o espírito de comunidade nascido da fé em/de Jesus Cristo levou comunidades cristãs de outras regiões a fazerem doações para minorar a fome dos irmãos e irmãs. Isto era também uma expressão de unidade. O fato de pensar diferente não era motivo para ‘lavar as mãos’ como Pilatos diante do sofrimento de outras pessoas e comunidades.

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30% dos trabalhadores brasileiros vivem com renda mensal de R$ 275. Entrevista especial com Marcelo Ribeiro e André Salata

4,3 milhões de pessoas estão vivendo com menos de ¼ do salário mínimo nas metrópoles brasileiras, informam os pesquisadores

Por: João Vitor Santos, em IHU

Segundo pesquisa publicada recentemente no último Boletim Desigualdade nas Metrópoles, cerca de 30% dos brasileiros que vivem nas metrópoles estão vivendo em domicílios com renda per capita do trabalho inferior a ¼ do salário mínimo. “Isso significa que grande parte da população está com condições e um nível de vida muito precários” e que a falta de renda impacta diretamente a vida das famílias, diz Marcelo Ribeiro, um dos autores do estudo. “Os efeitos que essa situação gera na vida das pessoas são de diferentes aspectos: a capacidade de aprendizagem das crianças fica limitada por não terem uma alimentação adequada na medida em que a renda não é suficiente para poder garantir a subsistência das famílias; os trabalhadores não conseguem ter um nível de saúde adequado; os idosos ficam limitados na capacidade de realizarem uma boa fase de vida na velhice”, exemplifica.

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