Quanto custa uma criança? Por George Monbiot

Privatização da creche e da escola pública está criando um mercado superlucrativo e perigoso. Nele, megafundos e corporações negociam gente. Resultados podem devastar o cuidado, a educação e… esta nova classe de “ativos”

Por George Monbiot, em seu blog | Tradução: Antonio Martins, em Outras Palavras

Sou patrocinador de uma pequena instituição de caridade local que ajuda crianças em dificuldades a reconstruir a confiança e a conexão. Chama-se Equitação Terapêutica Sirona e funciona reunindo meninas e meninos com cavalos resgatados. Os cavalos, como muitas das crianças, chegam traumatizados, ansiosos e assustados. Eles ajudam-se reciprocamente na cura. As crianças que perderam a confiança nos humanos podem encontrá-la nos cavalos, que não as ameaçam nem os julgam, e depois constroem gradualmente essa relação para se reconectarem com as pessoas. (mais…)

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Poderá o SUS salvar nossas utopias?

Frente a um mundo em que o futuro mostra-se cada dia mais ameaçado, como despertar a força necessária para a mudança? Uma chave pode ser o sistema público de saúde brasileiro, projeto centrado no cuidado, com base comunitária e antineoliberal

por Túlio Batista Franco, em Outra Saúde

Tenho dito há algum tempo que é necessário que as pessoas se apaixonem pelo SUS. Um projeto que visa a um grau civilizatório elevado, onde a sociedade cuida dos seus, e todas as pessoas têm os mesmos direitos à saúde e à vida. O que nos move é sobretudo um projeto de futuro. A paixão é um estado de ânimo, capaz de mover com intensidade as forças individuais e coletivas, que funcionam como força propulsora, para a construção do mundo. Nosso mundo é a defesa da vida, da democracia e o fortalecimento do SUS. Essa insígnia da Frente pela Vida colou em nós, como é a luta cotidiana em defesa da saúde universal, com tudo o que isto significa de enfrentamento, por exemplo, com o projeto neoliberal. Devemos pensar em como mobilizar os afetos mais intensos a favor de da política de saúde, mesmo contando com a adversidade dos tempos atuais. (mais…)

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MBL, Brasil Paralelo e Fundação Lemann juntos na formação do trabalhador sem emprego. Por Leonardo Sacramento

No Autopoesi e Virtu

Por que a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo está usando vídeos do Brasil Paralelo e MBL?[i] Por que fundações de bancos e bilionários, como Fundação Lemann, Instituto Itaú Social e Instituto Ayrton Sena, se instalaram no Ministério da Educação? Qual é a relação do Brasil Paralelo e MBL com a Fundação Lemann, Instituto Itaú Social e Instituto Ayrton Sena? Qual é a relação entre revisionismo reacionário e neoliberalismo? Qual é a articulação de institutos da burguesia e “movimentos” da extrema-direita com as propostas de Educação Integral, Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e Novo Ensino Médio? (mais…)

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A greve das Universidades e Institutos federais. Por Roberto Leher

No A Terra é Redonda

O governo se desconecta de sua base social efetiva ao afastar do tabuleiro político os que lutaram contra Jair Bolsonaro

As greves das universidades Federais, CEFETs[1] e dos Institutos de Federais Educação Tecnológica (IFET)[2], somaram-se à dos Técnicos e Administrativos das Universidades,[3] configurando um quadro de greve nacional. Após medidas protelatórias e reuniões improvisadas, os representantes do ministério da Gestão e Inovação do Serviço Público apresentaram uma proposta em 15/05/24, rejeitada pela quase totalidade da base do ANDES-SN e do SINASEFE. (mais…)

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Minha entrevista não foi publicada porque me recusei a confirmar a pauta do repórter. Artigo de Jurandir Malerba

“Ao confirmar que seguíamos por ‘caminhos muito distintos’, os veículos revelam que simplesmente procuravam por alguém, com alguma chancela institucional, que endossasse sua perspectiva liberal, anti-Estado, mercadófila, individualista e  negacionista. Não se tratava de matéria jornalística, mas uma busca de material para a pregação ideológica”, escreve Jurandir Malerba, professor titular de História da UFRGS

por Observatório da Imprensa, no IHU

Sou Professor Titular de História da UFRGS e reporto a seguir um episódio revelador do modus operandi de certos veículos de imprensa brasileiros. Em meio à tragédia que vivemos no Rio Grande do Sul, semana passada um jornalista de veículos reacionários da grande imprensa entrou em contato pedindo uma entrevista sobre a recente tragédia climática no Rio Grande do Sul, quando choveu, em uma semana, dez vezes a média histórica para todo o mês de maio, causando mortes e destruição. As perguntas enviesadas já evidenciavam para onde o jornalista queria levar a matéria: uma crítica da atuação do Estado, louvando ações individuais da “sociedade civil”, reproduzindo a fake de que o “povo” salvou o povo. Em minha devolução, posicionei-me contra o viés inscrito no questionário, não obstante tenha me disposto a respondê-lo, até como um contraponto àqueles que atenderiam às expectativas do editorial. Segue a reprodução integral das perguntas e respostas: (mais…)

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Como a Alvarez & Marsal, que vai gerir a crise em Porto Alegre, capitaliza com desordens e tragédias naturais

“Especialista em reviravoltas”, A&M foi contratada para ajudar cidades americanas em crise, mas acabou impulsionando privatizações

por Cintia Alves, em Jornal GGN

O discurso de que o poder estatal é incompetente, corrupto ou incapaz de lidar com desordens nos serviços públicos ou catástrofes provocadas por fenômenos naturais tem alavancado globalmente a contratação de consultorias privadas como a Alvarez & Marsal, que foi anunciada nesta segunda (13) como a nova parceria do prefeito Sebastião Melo (MDB) na recuperação de Porto Alegre, após as fortes chuvas que alagaram mais de 80% dos municípios do Rio Grande do Sul. (mais…)

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A luta dos trabalhadores em um Brasil complexo

Presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros reflete sobre o estágio atual da classe. Defende: apoiar e defender o governo Lula não apaga a necessidade de enfrentar os retrocessos trabalhistas, que se refletem hoje na precarização

Por Solange Caetano, em sua coluna no Outra Saúde

Neste 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhadores, coube aos brasileiros pensar a respeito da situação que enfrentamos no mercado de trabalho, cada vez mais desregulado. Isso nos leva a outras consequências, tanto econômicas quanto de impactos relevantes em outras áreas, como saúde mental e doenças do trabalho até o convívio com a família, para quem temos cada vez menos tempo. (mais…)

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