Boulos: A Vila Olímpica e a Vila Autódromo

O legado olímpico, para os mais pobres, são remoções, especulação imobiliária, militarização da cidade. Não adianta tapar os vazamentos da Vila Olímpica. A face real dos Jogos é a Vila Autódromo

Por Guilherme Boulos – Outras Palavras

Duas semanas antes do início dos Jogos Rio-2016, a Vila Olímpica destinada ao alojamento dos atletas recebeu atenção internacional. Problemas de acabamento e vazamentos de água fizeram as delegações da Austrália, Argentina e Suécia se recusarem a ficar no local. (mais…)

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“Olimpíadas para quem?”

No IHU

A maior parte das Olimpíadas, se não todas, até agora, promoveu a especulação de terras e a consequente gentrificação para incorporadoras imobiliárias, proprietários de terras e construtoras, resultando em segregação urbana, exclusão, desalojamento, combinados com processos de remoção violentos”. O comentário é de Jaeho Kang, doutor em Sociologia da Mídia pela Universidade de Cambridge e professor e pesquisador da Escola de Estudos Orientais e Africanos (SOAS) da Universidade de Londres, em entrevista Goethe-Institut Brasil, 28-07-2016. Eis a entrevista. (mais…)

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Anistia Internacional protesta com sacos fúnebres em frente ao Comitê Rio 2016

Por Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil

Simbolizando corpos de pessoas mortas pela polícia, 40 sacos fúnebres foram colocados hoje (27) em frente ao prédio do Comitê Organizador da Rio 2016, no centro da cidade. Realizado pela Anistia Internacional, o protesto denunciou a alta letalidade policial às vésperas da Olimpíada, e lembrou o grande número de vítimas nos anos dos Jogos Pan-americanos, em 2007, e da Copa do Mundo, em 2014.

Em 2016, até maio, 151 pessoas foram assassinadas por agentes públicos de segurança na cidade do Rio de Janeiro, 40 somente em maio – 135% a mais que no mesmo mês de 2015. (mais…)

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O mapa dos jogos da exclusão

A campanha Jogos da Exclusão mapeia o Rio das Olimpíadas e prepara várias manifestações durante o evento

por Redação Carta Capital

Uma cidade segregada e militarizada. É esse o legado das Olimpíadas no Rio de Janeiro,que pela primeira vez é mostrado visualmente num mapa, com as comunidades removidas, as favelas ocupadas, os crimes ambientais e as obras repletas de irregularidades.

O mapa é resultado do trabalho da campanha “Rio 2016, os Jogos da Exclusão” e tem como objetivos deixar claro o alto custo desse megaevento para a cidade, não apenas financeiro, mas principalmente social. (mais…)

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“(In)Segurança pública e as Olimpíadas”: moradores da Maré debatem o aumento da presença militar

Ciara Long – RioOnWatch

No dia 14 de julho, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas coordenou um debate sobre o impacto do aumento da presença policial no Complexo da Maré. Realizado no Museu da Maré, entre os palestrantes do debate estavam figuras comunitárias proeminentes da Maré, e o debate foi mediado por Gisele Tanaka, do Comitê Popular, que lembrou à platéia que apesar dos Jogos Olímpicos dependerem de gastos públicos, suas prioridades nem sempre refletem o “interesse público”.

O debate focou na interrupção de serviços básicos, inclusive educação e transporte devido a um aumento no número de operações de segurança que estão acontecendo na Maré ao longo dos últimos meses. A segurança pessoal também é um problema: relatos indicam que cidadãos ficaram no meio do fogo cruzado ou foram atingidos por balas perdidas durante operações da Polícia Militar em suas áreas de moradia. Antônio Carlos Pinto Vieira, diretor do Museu da Maré e morador local, disse: “Essa forma de presença policial que está acontecendo aqui, não é só um custo financeiro, é um custo social que vem com o sacrifício da população”. (mais…)

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Vila Autódromo, a comunidade que venceu os Jogos Olímpicos

Depois de mais de dois anos de demolições, 20 famílias conseguem permanecer na Vila Autódromo

Patricia Martinez Sastre – El País

“Por que eu preciso sair da minha casa para um evento que vai durar 18 dias se eu vivo aqui há 20 anos e a comunidade existe há 40? É muito injusto, e sabemos que o motivo real não é a Olimpíada”, afirma a jovem Nathalia Silva manifestando o absurdo dos que a obrigam a abandonar o lugar em que cresceu sob o pretexto do grande evento esportivo. Mas sair da Vila Autódromo nunca esteve em seus planos e hoje, após vários anos de incerteza, pode afirmar orgulhosa que irá ficar. (mais…)

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O governo não faz a mínima ideia do que seja terrorismo, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

A menos que algum fato novo apareça, o governo brasileiro provocou um estardalhaço midiático, nesta quinta (21), pelo fato da Polícia Federal ter prendido dez zé manés suspeitos de simpatizarem com grupos terroristas.

Há quem diga que isso nos tranquiliza por mostrar que o governo é capaz de garantir a segurança e a integridade de atletas, jornalistas, visitantes e brasileiros durante os Jogos Olímpicos – a serem realizados no Rio, em agosto.

Na verdade, o que todo esse episódio mostra, e isso ficou evidente na entrevista coletiva do ministro da Justiça Alexandre de Moraes sobre o assunto, é que o país não faz a mínima ideia do que seja terrorismo. E de como combatê-lo. Mas agora vai usar o caso como carta branca para outras ações do tipo Minority Report baseadas na famigerada Lei Antiterrorismo. (mais…)

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