Rio 2016 escancara crise do modelo dos Jogos Olímpicos ‘como nunca antes’, diz pesquisador dos EUA

A Rio 2016 será marcada como a Olimpíada em que “o verniz das relações públicas se desfez de forma inédita na história dos Jogos, como nunca antes”, na opinião do pesquisador Jules Boykoff, doutor em ciência política e professor da American University, de Washington.

Em entrevista à BBC Brasil, ele disse que problemas surgidos na preparação dos locais sede – “privilégios para os mais ricos, remoções de muitas pessoas do seu local de moradia e militarização do espaço público” – não são novos, mas que no Rio “você vê essas tendências aumentadas, e com clareza muito maior”. (mais…)

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MPF/RJ quer participação das religiões afro-brasileiras no centro ecumênico da Vila Olímpica

Recomendação afirma que Constituição garante o livre exercício de crença e a proteção os locais de culto

MPF/RJ

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), recomendou ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 que as religiões afro-brasileiras sejam contempladas no centro inter-religioso ecumênico da Vila Olímpica em igualdade de condições com às demais. (mais…)

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Depois de 21 anos de negligência, pescadores exigem indenização e restauração da Baía de Guanabara

Sophia Zaia – RioOnWatch

No domingo, 3 de julho, uma coalizão de organizações de pescadores realizou uma barqueata na Baía de Guanabara exigindo o cumprimento da promessa da Prefeitura do Rio de limpar 80% da poluição na Baía de Guanabara que foi feita antes das Olimpíadas de 2016. As organizações Baía Viva, Fórum de Pescadores e Amigos do Mar e a Associação de Pescadores Livres de Tubiacanga se juntaram para organizar o protesto, que contou com aproximadamente 80 pescadores, membros da comunidade e jornalistas.

O evento começou com o anúncio da agenda do movimento. As associações exigem que uma indenização seja paga aos pescadores devido ao derramamento de óleo da Petrobras em 18 de janeiro de 2000, a criação de uma escola de pesca e centro de pesquisas a ser compartilhado com universidades na pequena ilha chamada Ilha Seca e o fim dos vazamentos de esgoto dos lixões de Gramacho e de Itaóca em Duque de Caxias e São Gonçalo que estão devastando a vida marinha. (mais…)

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Rio-16 restringe religiões afro em centro na Vila Olímpica e gera críticas

Adriano Wilkson e Juliana Alencar – Do UOL, em São Paulo

O Comitê da Rio-2016, responsável pela organização da Olimpíada, escolheu apenas cinco religiões para terem representantes em seu centro inter-religioso, montado na Vila Olímpica para atender atletas que participarão do evento. Somente cristãos, judeus, muçulmanos, budistas ou hindus terão sacerdotes de suas religiões no espaço.

Os capelães ficarão disponíveis em esquema de plantão para atender os competidores que buscarem aconselhamento e conforto espiritual durante o período dos Jogos. (mais…)

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Falta apenas um mês: segurança olímpica para quem?

Adam Talbot – RioOnWatch

Daqui a um mês, quando os Jogos Olímpicos forem oficialmente inaugurados, a cidade espera receber 10 mil atletas, 30 mil jornalistas e centenas de líderes mundiais, ao mesmo tempo em que uma platéia de cerca de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo acompanhará pela televisão. Inevitavelmente, isso vai significar um grande foco em segurança durante o evento. O terrorismo é uma preocupação em particular e, desde o 11 de setembro de 2001, os orçamentos de segurança para Jogos Olímpicos aumentaram para níveis beirando o ridículo, com mais de 1 bilhão de dólares gastos regularmente para garantir a segurança das Olimpíadas.

Historicamente, houve apenas dois incidentes de terrorismo nos Jogos Olímpicos: o sequestro e assassinato de israelenses pelo grupo paramilitar palestino “Setembro Negro”, nos Jogos de Munique, em 1972, e em 1996, quando uma bomba foi plantada no Parque Olímpico Centennial de Atlanta por um grupo terrorista antiaborto, que esperava interromper as Olimpíadas, e acabou matando uma pessoa e ferindo mais de cem. O terrorismo, na história de 120 anos dos Jogos Olímpicos, foi responsável pela morte de 13 pessoas, em comparação com as mais de 2500 pessoas mortas pela polícia do Rio desde 2009, quando foi anunciado que o Rio seria a sede dos Jogos de 2016. (mais…)

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Forças Armadas querem usar bloqueadores de celular contra drones “hostis” e terrorismo na Olimpíada

Informação é resultado de levantamento feito pela Artigo 19 e Justiça Global; Secretaria de Segurança do Rio comprou 18 mil balas de borracha, 4.500 bombas de gás lacrimogêneo e 4.500 granadas de efeito moral para os Jogos

por , da Agência Pública

Após quatro meses de insistência e diversos recursos interpostos em diferentes instâncias, as organizações Artigo 19 e Justiça Global conseguiram, por meio de pedidos feitos pela lei de Acesso à Informação (LAI), trazer à luz dados inéditos sobre os equipamentos a serem usados nos Jogos Olímpicos. (mais…)

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Zona de exclusão das Olimpíadas: a gentrificação da Favela da Babilônia

Leia a matéria original por Jo Griffin em inglês no The Guardian aqui. O RioOnWatch traduz matérias do inglês para que brasileiros possam ter acesso e acompanhar temas ou análises cobertos fora do país que nem sempre são cobertos no Brasil.

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Os moradores do Morro da Babilônia se queixam de estarem sendo empurrados para fora da favela enquanto ela é submetida a uma rápida ‘urbanização’ antes das Olimpíadas. Jo Griffin escuta os bastidores do projeto de gentrificação do Rio.

“Olha para aquela casa”, diz Nivia Bruno Ribeiro de Cajazeira, apontando para uma pequena habitação escondida pela abundante vegetação, perto do topo do Morro da Babilônia na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Todas as casas na favela eram construídas assim, de pau-a-pique.” (mais…)

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