Brasil insiste nos erros da Copa do Mundo nas operações de segurança pública e arrisca comprometer legado das Olimpíadas 2016

Na Anistia Internacional

O Brasil repete graves erros na política de segurança pública e no uso da força policial, que se tornaram ainda mais explícitos em grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014. O abuso de força e a impunidade há décadas deixam um rastro de dor e sofrimento, conforme aponta documento divulgado hoje (02/06), a pouco mais de dois meses do início da Rio 2016.

A publicação “A violência não faz parte desse jogo! Risco de violações de direitos humanos nas Olimpíadas Rio 2016″ revela como autoridades brasileiras e os organizadores dos jogos vêm colocando em prática as mesmas políticas de segurança pública que levaram a um aumento no número de homicídios e violações de direitos humanos pelas forças de segurança desde a Copa 2014. A estratégia coloca em xeque o prometido legado olímpico de uma cidade segura para todos. (mais…)

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As árvores tombadas da Vila Autódromo: Rio derruba legado ambiental dos Jogos Olímpicos

“Quando você está brigando por moradia e por tudo que é mais básico, como segurança e saúde pública, as árvores ficam em segundo plano. Ao falar com a Prefeitura sobre essas árvores… acabei deixando por último, e eu me senti de certa forma mal. Eu não deveria me sentir mal protestando pelas árvores, as árvores deveriam vir primeiro… O oxigênio é a primeira necessidade, sem ele não existe nada”. – Delmo Oliveira, morador da Vila Autódromo 

Claire Lepercq e Clare Huggins – RioOnWatch

Depois de mais de cinco longos anos lutando contra a remoção devido aos Jogos Olímpicos, a comunidade da Vila Autódromo, vizinha da principal instalação das Olimpíadas Rio 2016 na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, se esforça para manter o pouco que resta da comunidade. Da outrora comunidade pacífica com 700 famílias, apenas 20 permaneceram, e negociaram com a Prefeitura para continuar vivendo no local, em casas recém-construídas. Os moradores ainda se preocupam com o meio ambiente da comunidade, em especial as árvores remanescentes, algumas que estavam lá muito antes dos moradores chegarem ao local, há 40 anos. De acordo com Natalia Silva, criada na Vila Autódromo, já havia uma quantidade de árvores nativas na Vila Autódromo antes dos moradores chegarem, incluindo a espécie protegida Pau-Brasil. (mais…)

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Entidades lançam campanha para prevenir tráfico de pessoas durante os Jogos

Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil

A proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 aumentou a preocupação de um grupo de entidades da sociedade civil com tráfico de pessoas. Para prevenir esse tipo de crime durante o evento, as organizações lançaram hoje (31) uma campanha de mobilização no Cristo Redentor.

Participam da ação o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, o Núcleo Rede um Grito Pela Vida/RJ e o Centro dos Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu. (mais…)

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O maior mistério da Olimpíada

Seis vigas de aço pesando 110 toneladas simplesmente desapareceram em meio às obras para o Porto Maravilha. Nosso repórter foi atrás dessa história e da fracassada investigação policial

por  , A Pública

O furto da coisa pública mais pesada de todos os tempos foi o de seis vigas de aço: cinco de 40 metros de altura por 6 de largura e uma de 25 metros de comprimento por 6 de espessura. As seis somavam mais de 110 toneladas e ajudavam a sustentar o Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, junto com outras centenas de vigas parecidas. Ninguém, até agora, sabe ao certo o dia em que elas foram furtadas da capital fluminense em 2013. Pior: como as peças, a investigação anda meio sumida. (mais…)

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Vila Autódromo inaugura Museu das Remoções

Rhona Mackay – RioOnWatch

Apoiadores e moradores se reuniram na Vila Autódromo, no dia 18 de maio, para comemorar o lançamento de um novo museu a céu aberto, o Museu das Remoções.

Sete instalações foram construídas com materiais de demolições deixados para trás. Cada instalação homenageia uma casa ou prédio demolido, assim como a grande luta enfrentada pelos moradores da comunidade. (mais…)

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Ocupação Vito Giannotti na região do Porto enfrenta pressão jurídica e incerteza

David Robertson – RioOnWatch

Durante a última semana de abril, os moradores da Ocupação Vito Giannotti receberam a notícia do mais recente obstáculo na luta para transformar o hotel abandonado em unidades habitacionais: um mandado de reintegração de posse de um juiz que força os moradores a saírem e devolverem o edifício para o INSS. Maio marca o quarto mês da ocupação localizada no bairro de Santo Cristo, na região do Porto, no Rio. Ao longo dos últimos meses a incerteza política no nível local e federal, a falta de acesso aos recursos básicos como água, alimentos e suprimentos e as preocupações de segurança, têm sido obstáculos significativos para a luta da ocupação.

“Sabemos que toda a cidade do Rio, sobretudo a região portuária, está passando por muitas transformações relacionadas a preparação da cidade para as Olimpíadas, um processo marcado por remoções, gentrificação e aumento elevado do custo de vida para toda a população, principalmente em relação a moradia“, explicou a diretora de comunicações da ocupação Pâmela Sall. (mais…)

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Heloisa Helena, da Vila Autódromo, primeira a receber Prêmio Dandara

Stephanie Reist – RioOnWatch

Na quarta-feira, 11 de maio, a candomblecista Heloisa Helena Costa Berto, mãe de santo Luizinha de Nanã, cuja casa e centro espírita na Vila Autódromo foi demolido para dar lugar ao Parque Olímpico, recebeu o Prêmio Dandara, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O Prêmio Dandara foi assim nomeado em homenagem a guerreira que lutou ao lado de seu marido Zumbi, no Quilombo dos Palmares. O Deputado Estadual Flavio Serafini entregou o prêmio, criado para valorizar a mulher afrodescendente, latino-americana e caribenha no Estado do Rio de Janeiro.

O forte compromisso de Heloisa com sua fé, o Candomblé, e sua luta para salvar não apenas a sua casa, mas as casas de seus vizinhos na comunidade Vila Autódromo, fizeram dela uma escolha óbvia, disse Serafini, ao entregar o prêmio para Heloisa Helena, que foi a primeira a recebê-lo. Heloisa Helena também recebeu recentemente a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, em reconhecimento a sua luta por moradia e direitos religiosos. (mais…)

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