Vaias da torcida incomodam atletas, e imprensa estrangeira questiona Rio 2016

Marcelo Brandão – Enviado Especial da Agência Brasil

Muito diferente dos espectadores de outros países, o comportamento da torcida brasileira tem incomodado atletas estrangeiros durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Barulho excessivo durante algumas competições e, principalmente, vaias, são queixas de atletas da natação, tênis de mesa e basquete.

Na partida entre Brasil e Japão, pelo basquete feminino, a torcida brasileira vaiou insistentemente as orientais, a ponto de irritar a torcida adversária. No jogo entre o tenista sérvio Novak Djokovic e o argentino Juan Martin Del Potro, os brasileiros também fizeram barulho. Adotaram o sérvio como preferido e torceram muito, a ponto de comover Djokovic, número 1 do ranking mundial, com o carinho. (mais…)

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Front Line Defenders pede fim das ameaças contra defensores de direitos humanos no Rio

Ava Rose Hoffman – RioOnWatch

No dia 28 de julho, Front Line Defenders (Defensores na Linha de Frente) organizou uma coletiva de imprensa com cinco defensores de direitos humanos cariocas. A coletiva foi parte de uma campanha para trazer mais visibilidade ao aumento de intimidações, ameaças e formas de violência sofridas por vários defensores no período pré-Olimpíadas.

O objetivo da Front Line Defenders–uma organização de origem irlandesa, mas com alcance mundial–é de dar proteção aos defensores de direitos humanos de acordo com as necessidades de segurança explicitadas pelos próprios defensores. Os riscos são particularmente elevados para os defensores de direitos humanos no Brasil: o país está em primeiro lugar na lista mundial de defensores assassinados em 2016; foram 24 nos primeiros quatro meses de 2016. O fato de denunciar violações de direitos humanos coloca essas pessoas e suas famílias gravemente em perigo. Por isso, alguns recursos disponíveis para os defensores de direitos humanos, em risco, incluem oficinas de segurança pessoal, subsídios para segurança física e digital e para cobrir despesas jurídicas e médicas; e apoio de emergência (tais como transferência temporária em caso de perigo iminente). (mais…)

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Olimpíadas 2016: “O assunto ambiental não é item prioritário”. Entrevista especial com Mario Moscatelli

“A cidade do Rio de Janeiro se nivelou por baixo. Simplesmente o assunto ambiental não é item prioritário nem para a maioria da classe política e tampouco para a maior parte da sociedade, que parece ter incorporado a degradação ao cenário da cidade”, lamenta o biólogo

IHU On-Line

Apesar de a abertura oficial das Olimpíadas Rio 2016 ter sido marcada por um discurso ecológico, chamando a atenção para os problemas ambientais e para a necessidade de se ter um mundo mais verde, na prática, a situação ambiental da cidade do Rio de Janeiro é “caótica”, e a “maioria das bacias hidrográficas são valões de lixo e esgotos”, resume Mario Moscatelli à IHU On-Line. (mais…)

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O Rio será o centro do mundo. Quem sangrou para que isso fosse possível?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

A partir de hoje, o herói será um nadador, uma centroavante, um ginasta, uma esgrimista, um maratonista, uma jogadora de basquete.

Ayrton Senna ocupou espaço de mártir na Globo quando a seleção brasileira de futebol (que é a heroína de plantão) estava em baixa.

Quando um grande empresário morre, há um esforço para que ele se torne a referência que não foi em vida e virar nome de avenida, ponte e hospital.

Cineasta tupiniquim com chance de ganhar Oscar também entra no bolo.

Movimentos sociais adoram cultivar heróis, mesmo que trabalhadores anônimos morram todos os dias e sejam tão “santos” quanto. (mais…)

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‘Cedemos nossa casa para a festa, mas não fomos convidados’: quatro contrastes no Rio da Olimpíada

Após uma trajetória conturbada de preparação ao longo dos últimos sete anos, os Jogos Rio 2016 devem ficar marcados por transformações positivas e negativas em função de obras e mudanças trazidas pelo evento.

A BBC Brasil percorreu diferentes pontos do Rio e conversou com cinco cariocas para identificar alguns dos contrastes que ilustram a relação entre o megaevento e a população. Apesar das diferenças, eles têm em comum a percepção de que os Jogos serão uma festa para a qual não se sentem convidados. (mais…)

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Bonde do Saara: a alma do bairro de Santa Teresa sobre ataque

Maristela Grynberg* – RioOnWatch

No dia 27 de agosto de 2011 houve um grave acidente com o bondinho de Santa Teresa, bairro situado na Zona Central do Rio, que resultou em mutilações e mortes, inclusive a do condutor do bonde, Nelson, que há décadas trabalhava como motorneiro, era muito amado por todos os moradores e como se não bastasse ter dado a vida pelos bondes, ainda foi responsabilizado como culpado pelo acidente, pelo então secretário de Transportes, deputado Júlio Lopes. Essa tragédia só ocorreu por conta do sucateamento do sistema, que não recebia investimentos governamentais, dispunha de uma oficina precária e absoluta carência de peças. Funcionários eram obrigados a improvisarem peças para o funcionamento não ser interrompido, movidos pelo amor ao bonde. (mais…)

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E se o objetivo das Olimpíadas não fosse o lucro?, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Vira e mexe o Comitê Olímpico Brasileiro e o Comitê Olímpico Internacional afirmam ser proprietários da palavra “olimpíadas” e moveram ações ou mandaram cartas descabidas a quem quer que use o termo.

De competições de ciências, matemática e história à presença em capas de livros, eles cobram e vigiam seus pretensos “direitos” sobre o uso. Justificam-se dizendo que seus avisos enviados a instituições de ensino que promovem “olimpíadas” têm um caráter educativo a fim de garantir que não haja destino comercial para a “marca”.

Não sou um mal humorado que não gosta de esporte ou que vai fazer mimimi para o evento que começa logo mais, pelo contrário. Mas há muito os Jogos Olímpicos são um negócio e seus organizadores mercadores, que transformam até papel higiênico em artefato oficial da competição, mostrando que é possível limpar a bunda “mais rápido, mais alto e mais forte”. (mais…)

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