BA – III Congresso Internacional de Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais, de 24 a 26/11

O III Congresso Internacional de Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais pretende aprofundar o diálogo e revelar o estado das pesquisas, das práticas e efetivação dos direitos dos povos e comunidades tradicionais. O evento contemplará a apresentação de trabalhos orais com palestras e conferências; sessões temáticas e mesas redondas, minicursos, que darão a oportunidade aos participantes de debater fundamentos teóricos e experiências implementadas na defesa do direito dos povos e comunidades tradicionais.

O I Congresso Internacional (2012) e o II Congresso Internacional (2014) foram experiências de aglutinação de experiências e de debates extremamente diversos na explicitação do campo jurídico e relação com os povos e comunidades tradicionais. As ameaças persistem, inclusive o cerco contra os grupos vulneráveis, com mudanças legislativas propostas, como a PEC 215 no Congresso Nacional. Por último, registra-se o avanço neoliberal que têm ocasionado perda de direitos para povos e comunidades tradicionais no mundo inteiro. (mais…)

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Para compreender o mundo indígena

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

O Brasil vive desde há anos o fortalecimento do movimento indígena autônomo e radical. A proposta de uma emenda constitucional (PEC 215) que retira da presidência a prerrogativa de definir as demarcações jogando a decisão para o Congresso Nacional levantou os povos numa luta renhida. Afinal, os indígenas sabem muito bem o que está em jogo: a cobiça do empresariado rural pela terra.

Diante do avanço do agronegócio para regiões como o cerrado e a Amazônia, e da construção das grandes obras hidrelétricas, dezenas de povos originários estão ameaçados de perder seus territórios. (mais…)

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I Assembleia da Juventude Indígena do Nordeste define agenda de lutas pelo direito à terra

No Cimi

A expectativa era de um encontro na aldeia Pedra D’água, Terra Indígena Xukuru do Ororubá, município de Pesqueira (PE), mas as duas centenas de jovens indígenas do Nordeste perceberam que na verdade se tratava de uma Assembleia. Entre os dias 21 e 23 de maio, os autointulados Filhos da Constituinte, tema do encontro, se debruçaram sobre os problemas da conjuntura do país em interface com a luta de seus povos.

O que os jovens indígenas fizeram, na verdade, uma analisar os flagrantes desrespeitos à Constituição de 1988, e não apenas no que tange os direitos dos povos. Decidiram não reconhecer o “governo do presidente interino Michel Temer como legítimo”, e foram além: “Sentimos a necessidade de fortalecer os jovens no conhecimento de seus direitos e deveres junto aos seus povos. Procuramos articular a juventude de diversos povos do Nordeste para que estes conheçam e reconheçam a importância do processo constituinte”, diz trecho da carta da I Assembleia da Juventude Indígena do Nordeste. (mais…)

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Apka’i: “A gente conhece onde a gente pertence”, diz cacique Damiana Guarani e Kaiowá

Por Patrícia Bonilha, Assessoria de Comunicação do Cimi

Uma inabalável convicção marca o olhar e cada gesto desta mulher miúda. Miúda mesmo. A cacica Damiana Calvanhe tem menos de 1,40m de altura. No entanto, é fácil perceber que ela ocupa um espaço muito maior que o de seu corpo físico. Ela explica, em entrevista ao jornal Porantim, que seu nome indígena Ckunha Apyka Rendy’i significa “menina do banquinho iluminado”, sendo que o banquinho era o lugar onde o antigo Ñanderu sentava para conversar com os indígenas. Rezadeira e líder espiritual, ela também é a liderança política do povo Guarani-Kaiowá na comunidade de Apyka’i, localizada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e que sofre um dos ataques mais intensos do Estado brasileiro e de interesses privados para que não exista. Na 15ª Sessão do Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Questões Indígenas, ocorrida em Nova Iorque durante o mês de maio, Elizeu Guarani e Kaiowá levou formalmente o caso Apyka’i e pediu ajuda do Fórum da ONU para que recomende ao Brasil a demarcação.  (mais…)

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A tensão indígena com a gestão Temer

Protagonismo do PMDB em pautas anti-indígenas no Congresso Nacional e notícias sobre revogação de atos finais de governo petista preocupam os índios, que prometem resistir

Ciro Barros – Pública

Na semana do afastamento da presidente Dilma Rousseff, ao menos 20 lideranças indígenas consultadas pela reportagem da Pública em Brasília fizeram um diagnóstico comum durante o 13º Acampamento Terra Livre (ATL), mobilização que ocorre anualmente na capital federal: se com Dilma Rousseff a situação dos índios estava difícil, com Michel Temer será pior. (mais…)

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“O Congresso não tem perfil para garantir a terra indígena”, diz presidente da Funai

Para João Pedro Gonçalves da Costa, o governo Temer representa atraso na pauta indígena. Na entrevista, ele reconhece ter sofrido pressões políticas durante sua gestão e aborda temas como a PEC 215 e demarcações de terras indígenas

Ciro Barros – Pública

No apagar das luzes do último dia 12, enquanto as atenções estavam voltadas para o discurso da recém-afastada presidente Dilma Rousseff, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), João Pedro Gonçalves da Costa, 63 anos, assinava às pressas a última delimitação de terras indígenas da gestão petista, a TI Dourados-Amambaí Peguá I, na região de Dourados, Mato Grosso do Sul. (mais…)

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Relatora da ONU critica governo interino e alerta para etnocídio

Para Victoria Tauli Corpuz, risco de efeitos etnocidas não pode ser ignorado nem subestimado

por Felipe Milanez — CartaCapital

O governo interino de Michel Temer (PMDB) recebeu na segunda-feira 16 mais uma contundente crítica internacional às suas primeiras ações desde que assumiu o poder após o golpe parlamentar.

A relatora especial da ONU para os direitos indígenas, Victoria Tauli Corpuz, das Filipinas, em discurso na 15a Sessão do Fórum Permanente da ONU sobre as questões indígena (UNPFII), criticou a extinção da Secretaria de Direitos Humanos e do Ministério da Cultura, apontou preocupação com o fato de interesses da elite brasileira serem beneficiados em detrimento dos direitos dos povos indígenas, e alertou para o risco de violências, violações de direitos e, inclusive, com efeitos etnocidas. (mais…)

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