Pesquisadores comemoram a suspensão temporária, mas alertam que a volta dessa prática à costa gaúcha é cheia de equívocos e leva em conta apenas interesses da grande indústria pesqueira
Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line
No apagar das luzes do conturbado 2020, o então recém chegado ao Supremo Tribunal Federal – STF ministro Kassio Nunes Marques – aliás, elevado à corte pelas mãos do presidente Jair Bolsonaro – resolveu liberar a pesca com o uso de arrasto em alto mar, na altura da costa do Rio Grande do Sul. Anos antes, um grupo formado por cientistas, organizações não-governamentais e pescadores gaúchos fizeram um movimento para proibir essa prática. Conseguiram chegar à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que aprovou uma lei que proibiu essa pesca. “Chegamos à conclusão de que a proibição do arrasto tinha um grande potencial para incrementar os rendimentos econômicos da pesca, além de contribuir para a conservação de espécies em risco de extinção, sobre tudo tubarões e raias, da fauna de águas rasas do litoral do Rio Grande do Sul”, observam os pesquisadores Luís Gustavo Cardoso e Manuel Haimovici.
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